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Conservadores garantem maioria no Parlamento grego em eleição histórica

Em uma reviravolta política, o partido Nova Democracia, de orientação conservadora, conquistou a maioria no Parlamento da Grécia após as eleições realizadas no último domingo. Essa votação, que ocorreu com um novo conjunto de regras eleitorais, garantiu um novo mandato ao primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, sem a necessidade de apoio de outras siglas para formar um […]

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Em uma reviravolta política, o partido Nova Democracia, de orientação conservadora, conquistou a maioria no Parlamento da Grécia após as eleições realizadas no último domingo. Essa votação, que ocorreu com um novo conjunto de regras eleitorais, garantiu um novo mandato ao primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis, sem a necessidade de apoio de outras siglas para formar um governo.

Com quase todos os votos apurados, o Nova Democracia obteve 40,5% dos votos, o que deve resultar em 158 assentos no Parlamento, de acordo com informações do Ministério do Interior. A vitória foi celebrada pelo primeiro-ministro, que destacou a estabilidade e o crescimento econômico alcançados durante seu mandato.

Mitsotakis, de 55 anos, conduziu sua campanha eleitoral com promessas de aumento salarial e reformas no Estado. Embora tenha defendido medidas de controle de gastos, o primeiro-ministro também sinalizou a intenção de realizar contratações e investimentos em setores como a Saúde, que foi afetada pelas políticas de austeridade adotadas no passado.

Essa foi a segunda eleição em pouco mais de um mês na Grécia. Em maio, o Nova Democracia também saiu vitorioso, com 40,8% dos votos, mas não obteve a maioria necessária para governar. Diante disso, Mitsotakis optou por convocar novas eleições, e o novo sistema eleitoral implementado premiou o partido com assentos “bônus” de acordo com seu desempenho, garantindo a maioria no Parlamento.

Enquanto os conservadores celebravam sua vitória, a esquerda enfrentava uma derrota significativa. O partido Syriza, liderado pelo ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras, obteve 17,8% dos votos, uma queda de 2,2 pontos percentuais em relação a maio. Estima-se que o partido conquistará 47 assentos no Parlamento.

Outros oito partidos conseguiram superar a cláusula de barreira de 3%, incluindo o partido de extrema direita Espartanos, que obteve 4,68% dos votos e terá 13 representantes no Parlamento. Essa sigla é formada por ex-membros do Aurora Dourada e Os Gregos, partidos que foram banidos na Grécia. A extrema direita grega, somando os partidos Niki e Solução Grega, conquistou aproximadamente 12% dos votos, correspondendo a 35 assentos parlamentares.

Apesar da vitória dos conservadores, a Grécia passará por um cenário político diversificado, com a presença de múltiplos partidos no Parlamento, incluindo representantes da extrema direita. Resta aguardar como essa nova configuração política impactará o país e as decisões a serem tomadas no futuro.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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