China expressa apoio à Rússia após rebelião do grupo Wagner

(FILES) In this file photo taken on October 25, 2017, China's President and General Secretary of the Communist Party Xi Jinping waves after a speech during the introduction of the Communist Party of China's Politburo Standing Committee, in Beijing's Great Hall of the People. - When Xi Jinping took power in 2012, some observers predicted he would be the most liberal Communist Party leader in China's history, based on his low-key profile, family backstory and perhaps a degree of misguided hope. Ten years later, those forecasts lie in tatters, proving only how little was understood of the man who looks set to become China's most powerful ruler since Mao Zedong at a major party congress in October 2022. (Photo by WANG Zhao / AFP)

O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou hoje uma declaração expressando apoio aos esforços da Rússia em “preservar a estabilidade nacional”, sendo essa a primeira resposta oficial do governo chinês à revolta da milícia paramilitar russa conhecida como grupo Wagner, que durou cerca de 24 horas.

O comunicado foi emitido após um encontro em Pequim entre o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, e o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Rudenko.

Na nota, o ministério enfatizou que, como um país vizinho amigo e parceiro estratégico, a China apoia a Rússia em seus esforços para manter a estabilidade interna, promover o desenvolvimento e alcançar a prosperidade. Além disso, ressaltou que os eventos ocorridos na Rússia são considerados uma questão interna do país.

A China é o principal parceiro econômico e diplomático da Rússia. Os presidentes russo e chinês, Vladimir Putin e Xi Jinping, respectivamente, comprometeram-se a estabelecer uma cooperação abrangente no início de 2022.

Enquanto isso, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, descreveu a situação na Rússia como “extraordinária” durante uma entrevista à CNN, porém, ressaltou que ainda é cedo para prever seu desdobramento. Até o momento, a Casa Branca não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

Blinken afirmou que estão surgindo fissuras que não existiam anteriormente, mas se recusou a especular se esse incidente poderia levar ao colapso do governo de Putin. Ele ressaltou que o fato de alguém questionar diretamente a autoridade do líder russo é extremamente significativo. Embora seja prematuro determinar o resultado final dessa situação, claramente surgem novas questões que Putin terá que enfrentar.

Os membros da milícia paramilitar russa do grupo Wagner se retiraram das cidades de Voronej e Lipetsk, próximas à fronteira com a Ucrânia, neste domingo, um dia após seu líder, Yevgeny Prigozhin, pôr fim a uma revolta que visava avançar em direção a Moscou. O paradeiro de Prigozhin, que foi visto pela última vez saindo de Rostov no sábado, ainda é desconhecido.

Na região de Moscou, as restrições de tráfego na rodovia que liga a capital a Rostov, impostas pelo “regime de operação antiterrorista”, permaneceram em vigor neste domingo, de acordo com a Avtodor, responsável pelas rodovias russas. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, declarou feriado na segunda-feira, devido à situação “desafiadora”.

Ruann Lima: Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF
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