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PMs afirmam que Exército se negou a agir contra invasores do Planalto no 8/1

Segundo o Uol, membros do Batalhão de Choque da Polícia Militar do DF revelaram informações sobre a falta de ação por parte dos militares da unidade da Guarda Presidencial (BGP), ligada ao Exército, durante a invasão no Palácio do Planalto durante o ato golpista ocorrido em 8 de janeiro. As declarações e relatórios foram fornecidos […]

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Imagem: Agência Brasil

Segundo o Uol, membros do Batalhão de Choque da Polícia Militar do DF revelaram informações sobre a falta de ação por parte dos militares da unidade da Guarda Presidencial (BGP), ligada ao Exército, durante a invasão no Palácio do Planalto durante o ato golpista ocorrido em 8 de janeiro. As declarações e relatórios foram fornecidos pelos policiais militares que estiveram envolvidos diretamente no enfrentamento aos terroristas.

O site obteve acesso aos documentos, mantidos pela PMDF. Os agentes em questão pertenciam ao destacamento Patamo Alfa, do Batalhão de Choque, e foram mobilizados no início da tarde de 8 de janeiro, quando os golpistas começaram a forçar a invasão dos edifícios dos Três Poderes. Além disso, eles relatam a conduta violenta dos terroristas e uma série de ataques infligidos às forças policiais, com uma “grave ameaça à vida”.

A documentação revela indícios adicionais de possíveis irregularidades na conduta do Exército durante o evento golpista ocorrido em 8 de janeiro.

Um dos relatórios mais contundentes foi redigido pelo então primeiro-sargento Beroaldo José de Freitas Júnior, que estava na defesa do Palácio do Planalto durante a tentativa de invasão pelos golpistas. Em reconhecimento à sua atuação no dia 8 de janeiro, ele foi promovido a subtenente em maio. Segundo Beroaldo, os policiais militares solicitaram auxílio a um pelotão do Exército, que se encontrava pronto e equipado na área externa do Planalto, porém receberam uma resposta negativa.

“Durante o recuo nos aproximamos da guarita do Palácio do Planalto, onde um pelotão do Exército Brasileiro encontrava-se pronto e equipado; solicitei ajuda dos mesmos para nos auxiliar contra a turba, mas recebi a seguinte resposta ‘não podemos atuar’, insisti para que pelo menos abrisse a grade/portão de acesso para que o Pelotão de Choque pudesse se abrigar ali e diminuir, mesmo que de forma precária, o ataque ferrenho que enfrentávamos, e, novamente, recebi como resposta que não podiam nos ajudar”, escreveu no relatório divulgado pelo Uol.

No relatório, Beroaldo relata que, diante da recusa do Batalhão de Guarda Presidencial em colaborar na contenção dos golpistas, ele próprio chutou uma parte da grade de proteção do Palácio do Planalto para ingressar em seu território e abrigar a tropa de choque lá, estabelecendo uma linha de defesa em conjunto com os militares do Exército. No entanto, segundo o relato do policial militar, os militares recuaram e abandonaram a linha de defesa.

Os policiais militares afirmam que, após realizarem a detenção de golpistas que haviam ocupado os edifícios dos Três Poderes, dirigiram-se ao quartel-general do Exército com o objetivo de efetuar prisões de manifestantes golpistas que ainda se encontravam no local no mesmo dia, 8 de janeiro. De acordo com relatos de vários policiais, a ação policial foi impedida por ordem da alta cúpula do Exército, que chegou a posicionar veículos blindados na entrada do quartel-general.

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Rhyan de Meira

Rhyan de Meira é estudante de jornalismo na Universidade Federal Fluminense. Ele está participando de uma pesquisa sobre a ditadura militar, escreve sobre política, economia, é apaixonado por samba e faz a cobertura do carnaval carioca. Instagram: @rhyandemeira

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Comentários

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Fábio

24/06/2023 - 13h57

Esses “vida mansa” só estão esperando autorização dos eua. Canalhas que de patriota não têm nada.


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