Panasonic está transferindo parte da produção de ar-condicionado da China para o Japão

A Panasonic aumentará a produção de ar domésticos no Japão, transferindo parte da fabricação atualmente feita na China para fábricas domésticas.

A fabricante de eletrodomésticos japonesa gastará um total de 10 bilhões de ienes (R$334 milhões) em novas linhas de produção em suas fábricas, principalmente em Kusatsu, na província de Shiga, de acordo com um anúncio da empresa na quinta-feira (22).

A partir deste ano, a Panasonic aumentará a participação da produção doméstica para 40% no próximo ano, de 10% atualmente. Na fábrica de Kusatsu, a Panasonic instalará equipamentos de montagem automatizada para triplicar sua capacidade.

Além disso, a empresa levará a fabricação de compressores externos de última geração de volta ao Japão. A expectativa é que a produção de modelos de médio porte volte para o país em 2024.

No Japão, a empresa automatizará a inspeção dos produtos e instalará robôs para montar compressores para maior eficiência. A empresa estima que isso reduzirá o tempo entre a produção e a entrega em 25%.

A fábrica de Guangzhou usará a capacidade para aumentar a produção para o mercado chinês. Com a reestruturação, a Panasonic pretende entregar os produtos mais rapidamente, evitando interrupções futuras em sua cadeia de suprimentos, como ocorreu durante a pandemia de COVID-19 e o consequente aperto de semicondutores.

“Vamos nos tornar mais responsáveis às mudanças no mercado, como a presença de casas de energia zero”, disse Masaharu Michiura, presidente da empresa interna de equipamentos de ar condicionado e ventilação da Panasonic.

A fábrica de Kusatsu inaugurou um novo prédio de pesquisa no início de junho para desenvolver, entre outros produtos, um ar condicionado que usa refrigeração natural e um novo sistema que pode melhorar a qualidade do sono.

A empresa estabeleceu uma meta de vendas de 290 bilhões de ienes para equipamentos que combinam ar-condicionado e ventilação no Japão, juntamente com sistemas de ar-condicionado para edifícios inteiros, no ano de 2024, um aumento de 20% em comparação com o ano de 2022.