O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retornou a Brasília após uma viagem oficial de cinco dias à Europa, sendo esta a terceira visita ao continente neste ano. Durante sua estadia, Lula teve encontros importantes na Itália e na França, incluindo o presidente francês Emmanuel Macron e o Papa Francisco.
Em Roma, Lula se reuniu com a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, que lidera uma coalizão de extrema direita, e com o presidente italiano Sergio Mattarella, filiado a um partido de centro-esquerda. No Vaticano, o presidente teve uma conversa com o Papa Francisco, abordando questões como a guerra na Ucrânia e a desigualdade social no mundo.
Em seguida, Lula seguiu para a França, onde participou de audiências com Emmanuel Macron e outros líderes mundiais na Cúpula por um Novo Pacto Financeiro Global. O principal tema discutido na França foi o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que ainda está em processo de negociação. Lula criticou as exigências propostas pelos europeus, considerando-as “inaceitáveis”, especialmente no que diz respeito à agricultura, e destacou a necessidade de um debate mais aprofundado sobre o assunto.
Durante sua estadia em Paris, Lula foi convidado pela banda Coldplay para participar de um festival de música, onde prometeu que o Brasil alcançará o “desmatamento zero na Amazônia” até 2030. Ele também convocou a multidão presente a visitar o Brasil durante a COP30, a Conferência do Clima da ONU, em 2025, que será sediada em Belém.
Além dos encontros oficiais, Lula teve uma agenda de reuniões bilaterais com líderes como o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel Bermúdez; o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry; o presidente da COP28 nos Emirados Árabes Unidos, Sultan al Jaber; e um almoço com a ex-presidente Dilma Rousseff, que preside o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).
Durante a viagem, Lula recebeu um convite para um jantar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, mas optou por não comparecer, citando cansaço e temores de repercussões negativas devido à situação envolvendo um presente controverso dado pelo príncipe a Jair Bolsonaro no passado.
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