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Depoimento de ex-diretor bolsonarista na CPI do 8 de janeiro é contestado pela PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) rejeitou as informações apresentadas por Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da corporação, durante seu depoimento à CPI dos Ataques Golpistas. As declarações em questão referiam-se às blitzes realizadas no segundo turno das eleições do ano passado. Vasques está sendo investigado por supostamente utilizar a PRF com motivações políticas para dificultar a mobilidade […]

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Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) rejeitou as informações apresentadas por Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da corporação, durante seu depoimento à CPI dos Ataques Golpistas. As declarações em questão referiam-se às blitzes realizadas no segundo turno das eleições do ano passado. Vasques está sendo investigado por supostamente utilizar a PRF com motivações políticas para dificultar a mobilidade dos eleitores do presidente Lula. Na última quinta-feira, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão, anunciou que irá solicitar ao Ministério Público Federal (MPF) a abertura de uma notícia-crime contra Vasques por falso testemunho.

Durante seu depoimento na terça-feira, Vasques declarou aos parlamentares que a Polícia Rodoviária Federal havia recolhido apenas cinco ônibus na região Nordeste em 30 de outubro de 2022. No entanto, nesta quinta-feira, a corporação informou ao GLOBO que, na realidade, foram apreendidos nove ônibus. No Sudeste, que abriga os dois maiores colégios eleitorais do país, apenas uma apreensão ocorreu. De acordo com a PRF, naquele dia, um total de 13 veículos com passageiros foram retidos, sendo 70% deles no Nordeste.

Atualmente aposentado, Vasques está sendo investigado em um inquérito da Polícia Federal e enfrenta um procedimento interno da PRF para apurar os bloqueios concentrados no Nordeste, que é um reduto eleitoral de Lula. Durante a CPI, Silvinei negou as acusações, qualificando-as como a “maior injustiça da História da PRF”. O GLOBO tentou contatar o advogado de Silvinei para comentar sobre a discrepância nos dados, porém não obteve resposta.

A atual administração da PRF compilou os números registrados durante a Operação das Eleições 2022 para enviá-los oficialmente à CPI. Um dado que chama a atenção é o número de ônibus fiscalizados com abordagem de agentes no dia do segundo turno. Segundo a análise da PRF, o Nordeste liderou nesse tipo de procedimento, com 322 veículos fiscalizados, representando 46,6%, enquanto no Sudeste foram fiscalizados 79 ônibus, equivalendo a 11,43%.

No decorrer do depoimento, Vasques contornou essas informações, mencionando a média de ônibus fiscalizados por pontos de controle como uma resposta às acusações. “Falou-se que a quantidade de veículos naquela região foi a mais fiscalizada. Também não é verdade. Nós tivemos, em média, no Nordeste, 26,5 veículos fiscalizados, de 26 a 27 veículos fiscalizados, por ponto de fiscalização. Então, o Nordeste ficou na quarta posição, juntamente com o Sul: 26 veículos fiscalizados por ponto”, declarou Vasques aos parlamentares.

Os parlamentares bolsonaristas repetiram os dados apresentados pelo ex-diretor e o defenderam durante a CPI. No entanto, de acordo com os dados oficiais da PRF, o Nordeste foi a região com o maior número de pontos de bloqueio e fiscalização montados pela corporação em 30 de outubro, totalizando 272 pontos. Como resultado, a média de veículos fiscalizados em cada ponto diminuiu.

Vasques foi convocado como testemunha e chegou a ter sua prisão solicitada pela relatora e por parlamentares governistas, alegando que ele havia mentido em seu depoimento. O Código Penal permite a prisão em flagrante de depoentes que prestam falso testemunho em comissões de inquérito. No entanto, o presidente da CPI, deputado Arthur Maia (União-BA), decidiu que não havia fundamento suficiente para tomar tal medida.

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Comentários

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carlos

24/06/2023 - 11h20

Ele sabe, que vai ser preso, por isso, foi querer aparecer, lá na CPI foi desmoralizado, agora vai curtir seu momento, na papuda que canalhas na papuda mulheres de malandros na Coreia.


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