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Rússia critica Israel por apoio a nazistas na Ucrânia

RT — O embaixador de Israel em Kiev, Martin Brodsky, glorificou o nazismo ao dizer que a Ucrânia tem o direito de considerar Stepan Bandera e outros colaboradores da Segunda Guerra Mundial como heróis nacionais, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, na quinta-feira. “Não uma única organização que defende a memória […]

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RT — O embaixador de Israel em Kiev, Martin Brodsky, glorificou o nazismo ao dizer que a Ucrânia tem o direito de considerar Stepan Bandera e outros colaboradores da Segunda Guerra Mundial como heróis nacionais, afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, na quinta-feira.

“Não uma única organização que defende a memória das vítimas do Holocausto sequer ergueu uma sobrancelha” diante dos comentários de Brodsky, observou Zakharova, apesar de receber bilhões em doações para manter o assunto vivo. “Vocês não perderam algo? O Holocausto deve ser lembrado não apenas porque aconteceu, mas para que nunca mais ocorra. E não apenas a uma nacionalidade ou religião, mas a qualquer uma.”

Em uma entrevista ao veículo israelense de língua russa Iton TV no início desta semana, Brodsky disse que a glorificação dos líderes da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN) como heróis nacionais é um processo que “não pode ser realisticamente interrompido”.

“Não uma única organização que defende a memória das vítimas do Holocausto sequer ergueu uma sobrancelha” diante dos comentários de Brodsky, observou Zakharova, apesar de receber bilhões em doações para manter o assunto vivo. “Vocês não perderam algo? O Holocausto deve ser lembrado não apenas porque aconteceu, mas para que nunca mais ocorra. E não apenas a uma nacionalidade ou religião, mas a qualquer uma.”

Em uma entrevista ao veículo israelense de língua russa Iton TV no início desta semana, Brodsky disse que a glorificação dos líderes da Organização dos Nacionalistas Ucranianos (OUN) como heróis nacionais é um processo que “não pode ser realisticamente interrompido”.

“É claro que não gostamos desses heróis, mas para a maioria dos ucranianos, eles são heróis que lutaram pela independência”, acrescentou Brodsky, argumentando que Israel não deveria condicionar seu apoio à Ucrânia à renúncia de Kiev a Bandera e outros.

Zakharova considerou especialmente chocante que Brodsky falasse fluentemente em russo, sendo parente de alguém que sobreviveu ao bloqueio de Leningrado durante a Segunda Guerra Mundial. Ela citou diversos documentos históricos que mostram a posição virulentamente antissemita da OUN e seu endosso ao assassinato em massa nazista de cerca de 1,4 milhão de judeus na Ucrânia ocupada.

A Alemanha também buscava seus próprios heróis e identidade nacional nas décadas de 1920 e 1930, acabando por escolher a ideia de “sangue e solo” que levou ao Holocausto, campos de concentração e assassinato em massa, algo que os alemães não conseguiram se livrar após 90 anos, afirmou Zakharova.

“Se Mikhail Brodsky acredita que Kiev tem o direito a esses heróis e a essa identidade, isso é um problema para o Ministério das Relações Exteriores de Israel”, disse ela. “Ninguém tem o direito a tais ‘heróis’, pois eles não são heróis, mas demônios do inferno. Isso não é uma identidade, mas uma vergonha para o povo ucraniano. É uma glorificação do nazismo.”

Zakharova ressaltou que o próprio Brodsky está vivo apenas porque a União Soviética discordava da “lógica” que ele agora abraça. Foi o soldado soviético quem “restaurou a humanidade à sua forma verdadeira” ao derrotar o nazismo, concluiu ela. “Como se constatou, apenas por um tempo. Bem, lá vamos nós novamente.”

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