“É escandaloso e indecente o pagamento de R$ 9,3 milhões a diretores e ex-diretores da Fundação Petros (fundo de pensão dos empregados da Petrobrás) como bônus por atingimento de metas no período de quatro anos (2019 a 2022)”. O comentário é do coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, sobre a decisão da Justiça do Rio que liberou o prêmio. O pagamento estava suspenso desde março por meio de liminar.
“Esse bônus é uma imoralidade e está sob investigação da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) que abriu processo sancionador, alegando que as metas definidas pelo conselho de administração da Petros, para serem atingidas para o pagamento do bônus, estariam desconectadas com o interesse da entidade e dos participantes assistidos”, destaca Bacelar.
Segundo ele, a expectativa da FUP é que o dinheiro seja devolvido, corrigido pela meta atuarial. “Vamos lutar para isso”, diz o dirigente da FUP.
“Nunca houve pagamento de bônus dessa magnitude. É um ataque à Fundação. Os diretores e ex-diretores recebem o dinheiro e vão embora. Logo no dia seguinte à decisão da Justiça liberando o pagamento, os premiados sacaram tudo. Possivelmente, o receio desses diretores era que a liminar fosse retomada em outra instância e o pagamento dos superbônus voltasse a ficar suspenso”, observa Bacelar.