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Em Paris, Lula defende governança global mais forte

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está participando de uma cúpula promovida pelo governo francês para discutir um novo pacto financeiro global. O compromisso inaugural ocorreu em Paris, nesta sexta-feira (23), tendo início por volta das 4h40. Em discurso, Lula afirmou que a falta de uma alteração no sistema de governança global resulta […]

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Imagem: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está participando de uma cúpula promovida pelo governo francês para discutir um novo pacto financeiro global. O compromisso inaugural ocorreu em Paris, nesta sexta-feira (23), tendo início por volta das 4h40.

Em discurso, Lula afirmou que a falta de uma alteração no sistema de governança global resulta na não execução dos acordos internacionais. Ele argumenta que pactos como o Protocolo de Quioto não foram cumpridos devido à ausência de uma autoridade com poder efetivo para garantir sua implementação.

“É preciso ter clareza que, se não mudarmos as instituições, o mundo vai continuar o mesmo. Quem é rico vai continuar rico, quem é pobre vai continuar pobre. Muitas vezes, a classe política do mundo só valoriza o pobre em época de eleição”, declarou.

Para o presidente, os processos irão diminuir a desigualdade no mundo. Além disso, promoverão mais pluralidade das instituições financeiras internacionais.

Lula ainda defendeu a necessidade de criar novas moedas para “fazer comércio”. “Eu não sei porque o Brasil e a Argentina tem que fazer comércio em dólar. Por que a gente não pode fazer nas nossas moedas?”, disse.

Como destacado pelo petista, o tema será objeto de discussão nas próximas reuniões do G20 e dos Brics, programadas para o segundo semestre deste ano. Lula ressaltou a relevância de envolver um maior número de países africanos nessas plataformas internacionais.

Imediatamente após a fala de Lula, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, assegurou ao líder brasileiro que ele não precisa se preocupar, pois a desdolarização será uma prioridade na próxima cúpula dos Brics, a qual ocorrerá em seu país.

Lula ainda declarou que as exigências da União Europeia, para fechar um acordo com a Mercosul, são como uma “ameaça”. “Eu estou doido para fazer um acordo com a União Europeia. Mas não é possível, a carta adicional que foi feita pela União Europeia não permite que se faça um acordo. Nós vamos fazer a resposta, e vamos mandar a resposta, mas é preciso que a gente comece a discutir. Não é possível que nós temos uma parceira estratégica, e haja uma carta adicional que faça ameaça a um parceiro estratégico”, disse.

As negociações entre os blocos ocorre desde 1999. Em 2019, foram concluídas as negociações comerciais, enquanto em 2021 foram finalizadas as tratativas relacionadas a aspectos políticos e de cooperação.

Desde então, o acordo está em revisão antes de ser assinado. Vale lembrar que a política ambiental adotada pela administração do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem dificultado as negociações devido ao aumento do desmatamento.

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EdsonLuíz.

23/06/2023 - 10h10

Cuidado! O que Lula chama de “governança global mais forte” é o avanço de ditaduras -China, Rússia Irã, Venezuela, etc– sobre países democráticos. Tanto que usdo muitas vezes é seguido por alguma manifestação de raiva de Lula por os Estados Unidos cumprirem seu papel de estabilizador e defensor de democracias.


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