Durante coletiva em Roma, ele citou Selic em 13,75% e inflação em 5%
Publicado em 22/06/2023 – 08h41
Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil – Brasília
Agência Brasil — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como irracional a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75%. Durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (22) em Roma, na Itália, Lula voltou a fazer críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
“Não se trata do governo ficar brigando com o Banco Central. Quem está brigando com o Banco Central hoje é a sociedade brasileira”, disse, ao citar a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), varejistas e pequenos e médios produtores.
“É irracional o que está acontecendo no Brasil, você ter uma taxa de 13,75% com uma inflação de 5%.”
“Tenho cobrado dos senadores. Foram os senadores que colocaram esse cidadão lá. Então os senadores têm que analisar se ele está cumprindo aquilo que foi aprovado para ele cumprir. Na lei que está aprovada, ele tem que cuidar da inflação, do crescimento econômico e da geração de empregos. Então ele tem que ser cobrado. É só isso.”
Na Itália, antes de embarcar para a França, Lula disse ainda que Campos Neto joga contra a economia brasileira.
“Não existe explicação aceitável do porquê a taxa de juros está 13,75%. Nós não temos inflação de demanda”, avaliou. “Acho sinceramente que esse cidadão está jogando contra os interesses da economia brasileira”, concluiu.
Edição: Denise Griesinger
Alexandre Neres
22/06/2023 - 23h36
Senhor Edson Luis Pianca, me esclareça um ponto, por obséquio. o senador Alessandro Vieira, lavajatista de carteirinha, mudou de partido mais uma vez. Gostaria que o senhor me dissesse o que pensa sobre o assunto. Tal senador votou em Lula no segundo turno. Agora foi do PSDB para o MDB. Bobo o senador não é, não é mesmo?
Alexandre Neres
22/06/2023 - 23h33
Cuidado com os extremistas de centro. Com a palavra, quem entende do assunto e não um borra-botas da Santa Catarina do Sudeste.
Negacionismo no Banco Central – MÍRIAM LEITÃO – O Globo
O Banco Central decidiu continuar não vendo os fatos ao redor e ignorar as quedas da inflação, dos juros futuros e das projeções. Não quer ver também a melhora da conjuntura fiscal com o avanço do arcabouço.
Esse negacionismo pode acabar, num efeito bumerangue, afetando negativamente as expectativas do próprio mercado, que já previa queda de um ponto percentual e meio de juros até o final do ano.
Um erro grosseiro do Banco Central. No fim de semana, Roberto Campos Neto recebeu ligações até da bancada do agronegócio bolsonarista, avisando que ele estava ficando isolado.
O que a maioria absoluta do mercado considerava é que o BC iria abrandar o comunicado e indicaria queda na próxima reunião.
E ele decepcionou. Havia ontem até uma dificuldade de entender o tom do comunicado após a reunião. Nos últimos dias, o varejo, a indústria, os serviços e até ex-ministros do governo Bolsonaro demonstraram sua insatisfação diretamente ao Banco Central.
O BC evidentemente não tem que decidir por pressões políticas, governamentais, nem empresariais. Mas ele está se colocando em situação de “conflito e conflagração”, na expressão de uma autoridade, por não se render à realidade dos fatos econômicos.
Para se ter uma ideia da teimosia do Banco Central, recentemente, um interlocutor falou ao presidente Roberto Campos Neto que a prévia do IGP-M tinha dado o número negativo mais baixo da história. Foi 6,7% de deflação em 12 meses. E a resposta dele foi dizer “mas os juros subiram na Austrália e no Canadá”.
Ora, o mesmo Roberto Campos que repete não haver relação mecânica entre taxa de juros e aprovação do arcabouço fiscal no Brasil, acha que há uma relação entre juros no Canadá e Austrália com os do Brasil? E isso pelo visto foi levado ao comunicado no trecho em que pontua “a retomada de ciclos de elevação de juros em algumas economias”.
O Banco Central entra em contradição com sua própria cartilha. Ele repete no comunicado que trabalha com o que ele chama de “horizonte relevante”, o que significa 2024. E em qualquer cenário apontado pelo próprio BC, o número de 2024 está no intervalo de flutuação da meta. No texto de ontem, ele avisa que o “Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. As expectativas já estão ancoradas, aliás, graças em grande parte ao seu próprio esforço feito tempestivamente.
Só que agora, quando o cenário alterou completamente, o BC prefere adotar uma postura negacionista.
Enquanto isso, o governo enfrenta um aperto ainda maior no arcabouço, aprovado ontem no Senado. A decisão do senador Omar Aziz de manter o indexador das despesas com a inflação de julho a junho, reduz em R$ 32 bilhões a R$ 40 bilhões a possibilidade orçamentária do ano que vem. O Ministério do Planejamento tem tido dificuldade de elaborar o orçamento, cumprindo todos os mínimos constitucionais. A inflação em 12 meses terminada em junho será tão baixa que isso reduzirá as despesas previstas.
A Câmara tem dito que se a inflação fechar o ano com um número maior, pode-se fazer um ajuste com a votação de um crédito suplementar.
Mas o governo não quer isso, porque teme ficar mais uma vez na mão da Câmara dos Deputados. O governo prefere formular o orçamento projetando a inflação até o fim do ano e, depois, se o índice ficar menor, fazer o cancelamento das despesas.
O que essa briga em torno do arcabouço mostra é que, sim, a inflação tende a subir no segundo semestre. E é isso que está no comunicado do Banco Central. Mas então em que o BC errou? Errou porque essa elevação está prevista, é efeito estatístico da retirada da conta das deflações fabricadas pelo governo Bolsonaro e, em nenhum momento, a alta representa o retorno do surto inflacionário que levou o Banco Central a agir, corretamente, em 2021.
O BC costuma dizer que não é ele que faz os juros, mas o mercado. Parece não entender a relação circular na formação das expectativas.
Antes da reunião, o mercado projetava queda dos juros em agosto. Hoje as projeções devem ser alteradas. O mercado ficará mais pessimista por indução do BC. Ao errar, a autoridade monetária está prejudicando o próprio instituto do Banco Central independente.
O negacionismo é ruim em qualquer área, inclusive na política monetária.
Antes da reunião, o mercado projetava queda de juros para agosto, mas agora tende a ficar mais pessimista por indução do BC
EdsonLuíz.
22/06/2023 - 12h13
Lula continua atrapalhando nossa economia com seus gritos doidões!
Agora Lula está dizendo que é irracional a atual taxa de juros.
Se é uma questão de ser racional, vamos ver o que há de racional nessa fala de Lula considerando o histórico do próprio Lula na economia quanto à racionalidade com a taxa de juros::
▪Lula assumiu em 2003 com a economia organizada pelo governo Fernando Henrique, com o Brasil combatendo a fome por meio do Projeto Bolsa Escola (que Lula depois mudou de nome para dizer que era dele) e outros programas. E com bem mais perspectiva de futuro.
O Brasil com Lula, enquanto seu govefno era continuidade das políticas racionais de Fernando Henrique, de 2003 a 2007, deu certo!
Meses antes das eleições, em 2002, a economia apresentou instabilidade pelo medo que o Brasil tinha de que Lula, quando assumisse o governo em 2003, ‘fosse ser Lula’.
Lula retirou esse medo que o Brasil tinha dele ao assinar, durante a campanha, a famosíssima “Carta ao Povo Brasileiro”, se comprometendo a manter as políticas que herdaria.
Ao fazer e assinar esse documento se comprometendo em manter a racionalidade em tudo, inclusive nos juros, Lula garantiu os votos que o elegeriam para assumir o mandato em 2003.
Lula ganhou e manteve de 2003 até 2006 as políticas que herdou. Lula daquela vez até conseguiu aprofundar as políticas que herdou, já que ele não tinha contra seu governo a oposição raivosa e covarde que o PT aplicava e aplica aos outros, com fake news, mentiras e agressões (agora Lula tem contra ele o veneno das agressões, das fake news e das mentiras que usa, por ação do bolsonarismo, que é a mesma antipolítica que o PT faz, só que com sinal inverso).
Mas como Lula e o lulismo são covardes, Lula e o lulismo mentiam para suas bases e chamavam e mandavam chamar as políticas que herdaram de F. Henrique e que usaram até 2006 de “herança maldita”.
Só que o Brasil de Fernando Henrique, com os juros no lugar que precisavam, deu certo de 1995 até 2006 (dois mandatos de Fernando Henrique e um mandato de Lula compondo um mesmo período, com as mesmas politicas fiscais e monetárias).
Nesse período tudo era difícil como hoje e até mais difícil, mas deu tudo certo exatamente pela racionalidade, inclusive com os juros, e o Brasil foi crescendo em média mais que o crescimento mundial e de forma sustentável, e não de forma artificial como foi depois, com o Lula de 2007 em diante, que já era o “Lula sendo Lula” de hoje e que fez desabar o Brasil e esse desabamento, infelizmente, trouxe Bolsonaro.
Nesse período de Lula sendo Lula, a partir de 2007, o lulismo fermentou no Brasil o ambiente econômico que levou à MAIOR recessão datada de nossa economia.
Sabe qual foi o principal veneno que Lula e o PT introduziram na economia e que resultou na tragédia econômica cujas consequências começaram a se mostrar em 2013 e estamos nesse buraco econômico até hoje?
O principal veneno que o PT introduziu na economia foi tentar produzir crescimento econômico baixando no grito e sem paciência a taxa de juros!
Foi a IRRACIONALIDADE de baixar os juros sem considerar a complexidade dos dados que informam de modo racional e técnico onde os juros devem estar que cavaram aquele buraco econômico que Lula e Dilma cavaram e que Lula agora quer repetir.
É o que Lula fez de 2007 em diante que é irracional e é isso que Lula quer repetir.
Se você perde a paciência e faz merda (desculpem:: Lula e os seus não entendem uma conversa mais tecnica, só entendem escatologia). Retomando, se você perde a paciência e faz merda com a taxa de juros, baixando para onde a economia não suporta, você repete as mesmas merdas que o PT fez quando o PT derrubou a taxa de juros de forma errada lá atrás para gerar crescimento e, como aquilo era tecnicamente ignorante e artificial, resultou em muita merda, muito desemprego, muito desinvestimento e resultou em coisa pior ao final:: resultou em Jair Bolsonaro!
Derrubar a taxa de juros no grito leva, no primeiro momento, em algum aumento de crescimento. Alguns anos depois, esta mesma irracionalidade de baixar os juros no grito, quando os dados econômicos estão informando que a inflação pode baixar, mas podem também logo subir logo depois, e a inflação de serviços ainda está perto de 7%, por exemplo, cavam um buraco do qual é muito difícil sair, como estamos vendo.
E este buraco em que estamos e que está sendo tão difícil de sair foi cavado exatamente por Lula, Dilma e pelo PT e a principal picareta que usaram para cavar este buraco foi exatamente baixar os juros no grito, artificialmente, como não devia.
Foi para mitigar o buraco que Bolsonaro estava cavando na economia, como Lula e Dilma fizeram antes, que Roberto Campos Neto e o Banco Central subiram os juros lá atrás, para que o sucessor não assumisse o Brasil ainda mais afundado. E os juros já poderiam começar a serem baixados em março, era a previsão em novembro, mas isso não foi possível por dois motivos::
-Lula ganhou sem fazer um programa de governo e sem nem mesmo esboçar uma âncora fiscal e, depois que assumiu, começou a fazer uma saraivada de gritos irracionais contra Roberto Campos e o Banco Central, como esse grito de agora, atrapalhando muito, e por isso só agora começam alguns sinais de que os juros poderão ser baixados.
E se os juros puderem começar a ser baixados em agosto ou setembro, agradeça-se a Roberto Campos, porque Lula mesmo só atrapalhou e, até agora, nem política fiscal Lula tem!
Para os juros baixarem em agosto, vamos torcer para a inflação de serviços cederem e a política monetária dos Esrados Unidos realmente terem alívio. E torcer para Lula não falar merda e pensar que com isso está sendo racional!
Edson Luiz Pianca.