Segundo O GLOBO, a ex-ministra da Agricultura do governo Bolsonaro, Teresa Cristina, entrou em contato com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no último fim de semana para expressar sua insatisfação com a taxa de juros. Isso significa que mesmo o setor do agronegócio, que tem ligações com Bolsonaro e era o último a não criticar o Banco Central, está apreensivo com as diretrizes da política monetária.
É evidente que o Banco Central não deve tomar decisões baseadas em demandas de empresários ou políticos, mas sim com base em fundamentos técnicos. No entanto, tecnicamente falando, o Banco Central poderia reduzir as taxas de juros. A inflação já foi controlada e todos os indicadores apontam para a possibilidade de uma queda nas taxas de juros.
O Banco Central comunica que a inflação terá um aumento no segundo semestre. Essa elevação está prevista, é de natureza episódica e não representa uma retomada do processo inflacionário.
O presidente Lula tem expressado críticas em relação ao Banco Central, e há possibilidades que ele possa propor o fim da autonomia da instituição. Hoje, ele mencionou que essa é uma questão para o Senado decidir.
Agora, o Senado, que anteriormente afirmava não aceitar qualquer alteração na autonomia do Banco Central, têm surgido cada vez mais críticas em relação às decisões da instituição.