Na noite da ultima quarta-feira (21) o senado aprovou, com mudanças, o Novo Marco Fiscal com 57 votos favoráveis e 17 contrários. As alterações feitas no senado permitiram que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e o orçamento de Ciência e Tecnologia ficaram de fora de qualquer limite fiscal, além disso, caso seja aprovado sem alterações na Câmara, o governo conseguirá mais R$ 32 bilhões para 2024.
O que mudou de de uma casa legislativa para outra? Além da gritante diferença da quantidade de bons parlamentares entre as duas casa, há algo ainda mais evidente: Arthur Lira (PP-AL) manda apenas na Câmara dos Deputados, fora dela, seu poder depende unicamente da capacidade de persuasão.
É claro que a exceções para o limite dos poderes de Lira: uma história que me causou espanto durante o processo eleitoral de 2022, foi o relato de um candidato para Assembleia Legislativa do seu estado que entrou em um conflito com Lira num tema muito específico e que como represália, recebeu a ameaça de quer poderia acabar não conseguindo disputar as eleições daquele ano podendo até mesmo perder a candidatura.
Mas com exceção desse relato peculiar, não há muito que Lira consiga e possa fazer quando não está “armado” do regimento da Câmara.
Recentemente Arthur Lira tentou não somente mudar a configuração ministerial do governo como em entrevistas decidiu cobrar o presidente Lula uma resposta sobre se ele seria ou não candidato em 2026, além de tentar emparedar o governo sucessivas vezes e até mesmo alterar o nome do chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI).
As correções realizadas no Marco Fiscal mostram que além de Roberto Campos neto, presidente do Banco Central, Lira também faz uma oposição ao governo muito mais efetiva do que os ditos “bolsonaristas raízes” que até hoje não impuseram qualquer dificuldade objetiva ao governo.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!