Embora vez ou outra o dono do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, apareça ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, quem acompanha a política em Brasília afirma que a relação entre os dois não é das melhores.
Não é difícil esbarrar por aí com Valdemar esbravejando por alguma estultice dita por Bolsonaro, ou o ex-presidente reclamando da casa alugada pelo PL para o ex-presidente morar em Brasília. Recentemente, era possível ver o presidente do PL dizendo até mesmo palavrões ao se referir ao ex-presidente.
O clima também no partido não é dos melhores. Fontes próximas ao presidente do PL afirmam que Valdemar usou Bolsonaro e que o ex-presidente seria uma espécie de fantoche. E que, com exceção das irritações causadas por uma ou outra atitude ou declaração afobada de Bolsonaro, no geral, Valdemar não dá muita atenção para o que Bolsonaro pensa politicamente.
Outro ponto delicado foi a entrada de Bolsonaro no partido, já que Valdemar atendeu algumas das exigências do ex-presidente, e entre elas estava a filiação de uma lista de pessoas que ele queria que tivessem espaço dentro do partido. E Valdemar atendeu essas pessoas.
E desde então, um grupo chamado “Vanguarda do PL” trabalha paulatinamente para remover esses quadros do partido e reduzir ainda mais a influência do bolsonarismo. Há quem diga que, principalmente em São Paulo, o PL está buscando ocupar o espaço que antes era ocupado pelo PSDB, que hoje está em franca decadência e sem rumo definido.
Dentro do partido já há quem fale sobre Valdemar ter que decidir sobre escolher Bolsonaro e o futuro do PL.
Ainda segundo outra fonte: “ele [PL] virou o maior partido do Brasil graças ao Bolsonaro, mas ele [Valdemar] tem que conviver com Bolsonaro na medida do possível”.
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