Monitor da Violência: Assassinatos caem 0,7% nos primeiros três meses de 2023 no Brasil

Foto: Wagner Magalhães/g1

De acordo com levantamento do G1, O número de assassinatos continua em declínio no Brasil em 2023, seguindo a tendência de queda observada em 2022. De acordo com o índice nacional de homicídios, criado pelo G1 com base em dados oficiais de 26 estados e do Distrito Federal, o país registrou uma redução de 0,7% no número de mortes violentas no primeiro trimestre deste ano, comparado ao mesmo período do ano anterior.

No total, foram contabilizadas 10,2 mil mortes violentas nos três primeiros meses de 2023. Essa queda representa uma diminuição de pouco mais de 70 mortes em relação ao mesmo período de 2022. O índice engloba vítimas de homicídios dolosos, incluindo feminicídios, latrocínios (roubos seguidos de morte) e lesões corporais seguidas de morte.

No ano passado, o Brasil registrou uma queda de 1% no número de assassinatos, alcançando o menor índice de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública pelo segundo ano consecutivo, com 40,8 mil mortes violentas intencionais.

Segundo especialistas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP), essa redução no número de mortes violentas é resultado de diversos fatores, incluindo mudanças na dinâmica do mercado de drogas no Brasil, um maior controle governamental sobre os criminosos, a diminuição de conflitos entre facções, políticas públicas de segurança e sociais, além da redução do número de jovens na população.

Os dados do primeiro trimestre de 2023 revelam que 14 estados registraram aumento nas mortes, enquanto outros 13 apresentaram queda nos registros. Roraima teve a maior queda, com uma redução de 23,8%, enquanto o Amapá registrou o maior aumento, com um aumento de 87% nos crimes.

Todas as regiões do país tiveram queda no número de assassinatos, com exceção do Sudeste. O Sudeste teve um aumento de 8,7% nos assassinatos no primeiro trimestre deste ano, com 2.739 mortes, mais de 200 mortes a mais do que no mesmo período de 2022. O Rio de Janeiro se destacou com quase 16% a mais de mortes, revertendo a tendência de queda observada no primeiro trimestre de 2022.

Especialistas apontam que o aumento de violência no Sudeste, especialmente no Rio de Janeiro, pode ser atribuído a uma nova guerra territorial entre facções criminosas e milicianos. A Secretaria de Estado de Polícia Militar do Rio afirmou que a alta se deve às disputas entre grupos criminosos rivais, principalmente na Zona Oeste da cidade.

No entanto, apesar dos aumentos pontuais de violência em alguns estados, a queda geral no número de assassinatos no primeiro trimestre de 2023 indica que o país continua seguindo a tendência nacional de diminuição da violência. As autoridades de segurança pública e os especialistas destacam a importância de manter e aprimorar as políticas de segurança, bem como a necessidade de investimentos contínuos em prevenção e combate ao crime para sustentar essa trajetória positiva.

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Ruann Lima: Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF
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