Heleno participou de grupo que discutia sobre golpe

Carolina Antunes/PR

O ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno, fez parte de um grupo de WhatsApp com militares que falavam sobre ações golpistas para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A infornação é da colunista Juliana Dal Piva, do UOL.

O grupo chamado “Notícias Brasil” foi revelado pelo coronel aviador reformado, Francisco Dellamora, próximo de Heleno. De acordo com o coronel, Heleno visualizava as mensagens, mas não falava sobre as especulações golpistas.

Além de Heleno, o general Sérgio Etchegoyen, que chefiou o GSI no governo Temer e outros 40 militares entre oficiais da ativa e da reserva do Ministério da Defesa e militares da área de Informações da Aeronáutica.

“Nós não consideramos legal [a eleição]. Consideramos o STF [Supremo Tribunal Federal] na ilegalidade. O TSE [Superior Tribunal federal] na ilegalidade. E todos os dias eles praticam mais um ato de ilegalidade. Invadiram os escritórios do senador Marcos Do Val”, escreveu Dellamora.

Por sua vez, Heleno alegou que não se lembra do grupo e que nunca ouviu “essas histórias de que se vai decretar intervenção”. “Não sei quem participou. Internet é um negócio que você começa a responder uma porção de coisas, mas nunca participei disso”, emendou.

“Eu não me lembro de ter lido essas mensagens porque não me lembro desse grupo. O coronel Dellamora está muito velho. Não sei a importância que ele tem no quadro político nacional hoje”.

Porém, o grupo existiu até 8 de janeiro de 2023, justamente no dia dos atos terroristas promovidos por apoiadores de Jair Bolsonaro contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

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