Em resposta aos questionamentos de seus interlocutores mais próximos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, teria afirmado enfaticamente que “de jeito nenhum” Nísia Trindade será removida do controle do Ministério da Saúde, um recado direcionado ao Centrão, que gostaria de ter mais poder e domínio da área.
A pasta da Saúde desperta grande interesse devido ao seu substancial orçamento dentro da Esplanada. Porém, de acordo com informações obtidas pela CNN, o presidente não tem intenção de ceder às pressões. Apenas em 2023, o Ministério tem autorização para utilizar cerca de R$ 190 bilhões em seu orçamento, sem mencionar os bilhões adicionais que devem ser liberados por meio de emendas.
Os partidos do Centrão, especialmente o PP, têm aumentado a pressão para assumir o Ministério da Saúde em uma possível reforma ministerial. Fontes confirmaram à CNN que líderes partidários e outros parlamentares têm buscado ministros próximos a Lula para tratar dessa questão.
Entretanto, Lula não quer concentrar ainda mais poder nas mãos do Centrão e do PP, nem nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (AL). Ao que tudo indica, Lula está disposto a negociar a maioria dos ministérios, mas que Nísia Trindade é uma indicação pessoal e técnica.
Ainda assim, mesmo sem o aval do presidente, o PP já está discutindo nomes dentro do partido que poderiam assumir o comando do Ministério da Saúde. Entre os mencionados estão o atual secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro e deputado federal licenciado, Dr. Luizinho (RJ), e o senador Hiran Gonçalves (RR).