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Lula expressa pesar por tiroteio em escola e pede por uma “trajetória de paz”

Nesta segunda-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de uma estudante após um tiroteio ocorrido no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, na cidade de Cambé, no Paraná. Em suas redes sociais, ele expressou tristeza e indignação diante do ataque à escola. Lula postou em sua conta no Twitter: “Mais uma […]

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Brasília (DF), 19.06.2023 - Presidente Lula é entrevistado por Marcos Uchoa no programa Conversa com o Presidente, no Palácio do Alvorada. Imagem: TV Brasil

Nesta segunda-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou a morte de uma estudante após um tiroteio ocorrido no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, na cidade de Cambé, no Paraná. Em suas redes sociais, ele expressou tristeza e indignação diante do ataque à escola.

Lula postou em sua conta no Twitter: “Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro de nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos juntos um caminho para a paz nas escolas. Meus sentimentos e preces para a família e a comunidade escolar.”

Em comunicado, o governo do Paraná informou que o ex-aluno responsável pelos disparos já foi detido e encaminhado para a cidade de Londrina, localizada a cerca de 15 quilômetros de Cambé. O governador Ratinho Junior decretou luto oficial de três dias e expressou seu pesar pelo ocorrido.

Outras manifestações também foram feitas a respeito do incidente. Durante uma agenda no Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, solidarizou-se com as famílias das vítimas, destacando que a violência tem se manifestado de forma inaceitável nas escolas, um local sagrado para as crianças e jovens do país e suas famílias.

Dino compartilhou em seu Twitter: “Conversei com o governador Ratinho, do Paraná, manifestando solidariedade e colocando o governo federal à disposição para auxiliar o governo do estado diante da tragédia em uma escola estadual.”

Vale lembrar que outros ataques semelhantes já ocorreram anteriormente. Em abril deste ano, um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), resultando na morte de quatro crianças e deixando outras três feridas. No final de março, a professora Elizabeth Tenreiro faleceu após um ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, no bairro Vila Sônia, em São Paulo. Um adolescente de 13 anos, autor do ataque, foi apreendido.

De acordo com um levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, o primeiro ataque a escolas no Brasil ocorreu há 21 anos, desde então, houve outros 23 casos semelhantes, resultando em 137 vítimas e 45 mortes. Revólveres e pistolas foram utilizados em 11 desses casos, causando três vezes mais mortes do que armas brancas, como facas, que estiveram presentes em dez ocorrências. As armas de fogo foram responsáveis pela morte de 34 pessoas (76%), enquanto as armas brancas levaram à morte de 11 pessoas (24%) nos ataques às escolas.

A Operação Escola Segura, que visa combater esses incidentes, já resultou na prisão ou apreensão de 302 pessoas até o momento, além de 593 boletins de ocorrência registrados, mais de mil pessoas interrogadas pela polícia e 1.738 casos em investigação.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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