Técnicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão analisando indícios de gastos na Operação Lava Jato no valor aproximado de R$ 1 bilhão sem documentação comprobatória.
O CNJ está conduzindo uma fiscalização nos tribunais relacionados à operação. Os juízes encarregados dessa ação estão examinando documentos, planilhas e ouvindo depoimentos de servidores para verificar se os procedimentos estão sendo realizados de forma regular.
Apesar das mudanças na liderança da 13ª Vara Federal de Curitiba, a auditoria continuará tanto na primeira instância quanto na segunda instância responsáveis pela operação. Conforme revelado pelo Painel, a juíza Gabriela Hardt teve seu pedido atendido para ser transferida para uma turma recursal. Ela será substituída por Fábio Nunes de Martino, da 1ª Vara Federal de Ponta Grossa (PR), e pelo juiz substituto Murilo Scremin Czezacki, da 2ª Vara Federal de Cascavel.
Os valores suspeitos são de bens apreendidos e acordos de leniência, sendo que somente os acordos já envolveram cerca de R$ 6 bilhões. Além das preocupações com os gastos, há suspeitas de irregularidades menores, como destinação indevida de recursos para o Judiciário, polícia e Ministério Público.
Inicialmente, a correição extraordinária estava concentrada em torno de aproximadamente R$ 300 milhões em depósitos judiciais determinados pela Lava Jato, que estavam sob investigação na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba e no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), responsáveis pela operação. Também está prevista uma análise minuciosa dos acordos de cooperação internacional e do processo de condução das delações premiadas.