Nos dias 20 e 21, o Comitê Político Monetário (Copom) realizará uma nova reunião para indicar o valor da taxa básica de juros. Apesar das melhoras observadas na economia, com a inflação abaixo do esperado, o aumento da previsão do PIB e a valorização do real em frente ao dólar, a expectativa de economistas, empresários e do Governo é de que a diretoria do Copom mantenha a taxa Selic em 13,75%.
Caso a decisão seja a manutenção da taxa, essa será a 7ª vez que o órgão do Banco Central continuará no platô da taxa. Desde 2016, quando o Brasil atravessava outra crise econômica, o Copom não mantinha a taxa Selic tão alta por um longo período (desde setembro de 2022). O presidente Lula e diversos integrantes do Governo vêm cobrando de Campos Neto, presidente do Banco Central, para que a taxa Selic seja reduzida.
O Poder 360 consultou alguns economistas e associações a respeito do que esperar da próxima reunião do Copom. De forma geral, houve um consenso: a manutenção da taxa na reunião de junho e a indicação de um cenário favorável para um ciclo de cortes de juros a partir do segundo semestre, como aponta Felipe Salles, economista do C6 Bank: “O comitê deve afirmar no comunicado que vê como adequada a manutenção da taxa de juros no patamar corrente neste momento e dar alguma sinalização de que vê espaço para um início de ciclo de corte de juros nas próximas reuniões.”