Risco em barragem de MG será investigado a pedido do MP

Foto: Reprodução/Blog do Pedlowski

Na última terça (13), o gerente da UDC declarou situação de emergencia na Barragem D4 em Caldas, sudeste de Minas Gerais.

O Ministério Público de Minas Gerais instaurou um procedimento administrativo para avaliar as condições de segurança de uma barragem em Caldas nesta sexta-feira (16).

A estrutura em questão é a Barragem D4 da empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB) na região sudeste do estado. A promotoria de Justiça da Comarca da cidade, responsável pelo caso, acionou os técnicos da Defesa Civil estadual e municipal, da Agência Nacional de Mineração (ANM) e a Fundação Estadual do Meio Ambiente.

O objetivo é apurar as causas da elevação do nível de emergência da barragem. Os órgãos irão buscar medidas necessárias para controlar as anomalias e resgatar a segurança para a área, segundo as informações da Agência Brasil.

No dia 7 deste mês, a estrutura da barragem sofreu modificações preocupantes para os especialistas. A contenção de urânio e outros materiais radioativos foi elevada para o Nível 1 de emergência. Até então, a construção que integra uma mina de exploração de urânio desativada em 1995 possuía declaração de condição de estabilidade. Agora, está em andamento o processo de descomissionamento da unidade.

O gerente da Unidade de Descomissionamento de Caldas (UDC), João Viçozo da Silva, declarou em documento o estado de emergência da barragem na última terça-feira (13). Caso a estrutura se rompa, o esvaziamento de rejeitos da mineração podem causar uma tragédia ambiental inédita, proveniente de materiais pesados e radioativos, como urânio e tório.

A ANM informou que a Barragem D4 da UCD está enquadrada no menor dos três níveis de emergência. No entanto, as análises na estrutura serão realizadas.

Conforme explica a estatal, a D4 foi construída como uma bacia de decantação, porém foi reclassificada como uma barragem. A alteração ocorreu pela mudança nos regulamentos dos órgãos fiscalizadores. 

“A INB reforça que não houve nenhuma ocorrência nessas barragens, apenas a mudança quanto ao órgão fiscalizador e as adequações a essas classificações e documentações”, afirmou em nota.

As barragens são permanentemente monitoradas e o aviso de qualquer suspeita deve ser feito, de acordo com o Plano de Ação de Emergência (PAE), que faz parte do Plano de Segurança de Barragem (PSB).

Letícia Souza:
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