No mês passado, durante sua participação no podcast “Tretas e Diálogos”, o pastor Anderson Silva, líder da igreja evangélica Vivo por Ti, em Brasília, proferiu declarações polêmicas e incitou o ódio contra o presidente Lula e os integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante o programa, o líder religioso chegou a pedir que os fiéis rezassem para que a mandíbula do presidente Lula fosse quebrada, além de direcionar palavras de ódio aos ministros do STF. Suas declarações foram registradas em vídeo e rapidamente ganharam repercussão nas redes sociais.
“Senhor, mata os meus inimigos. Quebra os dentes deles. Falta a gente orar, sim. Senhor, arrebenta a mandíbula do Lula. Sabe… Senhor, prostra enfermos nos ministros do STF”, afirmou Silva.
Diante da gravidade das declarações, o ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que encaminhará o vídeo com as falas do pastor à Polícia Federal. Em suas redes sociais, o ministro destacou que tais incitações à violência são incompatíveis com os ensinamentos de Jesus Cristo e ressaltou que tomará medidas legais diante do ocorrido.
“Está na Bíblia a lição de Jesus Cristo, o Príncipe da Paz: Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! (Mateus 5:9) A frase que incita violência é anticristã. E criminosa, por isso mandarei hoje para a Polícia Federal”, afirmou o ministro.
Além disso, durante a entrevista, o pastor Anderson Silva proferiu comentários discriminatórios contra a comunidade LGBTQIA+, classificando os homossexuais como pecadores e atribuindo a “raiz da homossexualidade” à orfandade. Ele afirmou que os homossexuais buscam compensação emocional no relacionamento com pessoas do mesmo sexo.
O pastor também criticou o conceito de “emancipação ideológica” e alegou que a cultura atual valida o que ele considera um “pecado”. Ele ainda mencionou a existência de igrejas voltadas para a comunidade LGBTQIA+ e pastores que, em sua visão, adotam uma abordagem teológica mais liberal.
As declarações do pastor Anderson Silva têm gerado grande controvérsia e indignação, pois propagam o discurso de ódio e discriminatório, além de irem de encontro aos princípios de respeito e igualdade defendidos pela sociedade. O caso está sendo acompanhado de perto pelas autoridades, e espera-se que sejam tomadas medidas cabíveis diante dessas manifestações ofensivas e incitadoras de violência.
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Fábio
17/06/2023 - 10h32
Não devemos julgar pela aparência, masreparem a fisionomia dele, a cara enfezada, parece ou não um servo do mal. No fundo é mais um que abriu uma empresa e quer divulgar o negócio.
Paulo
16/06/2023 - 22h22
Não quero aqui fazer proselitismo religioso. Mas eu nunca consegui entender um dito servo de Deus dizer semelhantes coisas, mesmo quando estava afastado de uma incursão espiritual mais profunda, i.é., quando vivia de forma mundana…