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Você sabe onde Che Guevara foi enterrado? Saiba aonde fica o túmulo dele e a história por trás da escolha

O túmulo de Ernesto “Che” Guevara, líder revolucionário e símbolo da luta pela justiça social em Cuba, está localizado na cidade de Santa Clara, a cerca de 270 km da capital Havana. A escolha desse local para abrigar o túmulo de Che Guevara está intrinsecamente ligada à história e ao significado que essa cidade tem […]

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O túmulo de Ernesto “Che” Guevara, líder revolucionário e símbolo da luta pela justiça social em Cuba, está localizado na cidade de Santa Clara, a cerca de 270 km da capital Havana. A escolha desse local para abrigar o túmulo de Che Guevara está intrinsecamente ligada à história e ao significado que essa cidade tem para a Revolução Cubana.

Em dezembro de 1958, Santa Clara foi palco de um importante confronto durante a luta contra a ditadura do regime de Fulgencio Batista. Os revolucionários liderados por Che Guevara atacaram um trem blindado que transportava soldados do exército de Batista, após, os trabalhadores da companhia de trem ligarem para a torre do exército rebelde e informarem a trajetoria desse trem.

Che, com um trator destruiu uma parte do trilho, em um trecho que ele estaria geograficamente com vantagem e o trem com 400 soldados do exercito de Fugencio Batista. Os 18 revolucionários presente no local estavam munidos com coquiteis molotovs que foram produzidos com ajuda dos camponeses de Santa Clara.

Diante disso, Guevara afirma que a batalha estava sem baixas e cabia ao lider do exercito se render para que assim continuasse. O lider do exercito rebelde, afirma aos soldados presentes no trem que não iriam fazer nada contra eles pois sabia que eles estavam comprindo ordens. Com isso, os soldados se redem.

Essa ação, conhecida como “Ação contra o trem blindado”, resultou na rendição das tropas de Batista e marcou um momento crucial na vitória da Revolução Cubana.

Em memória desse episódio histórico, quatro vagões descarrilados e atacados a tiros estão expostos em uma praça em Santa Clara, que foi construída no local do confronto. Cada vagão conta a história desse evento marcante na vida dos habitantes locais.

Um dos vagões exibe uma carta intitulada “Ao Povo de Santa Clara”, que informava aos moradores que o exército rebelde já havia chegado à cidade, considerada um dos últimos redutos da tirania na província. A carta relatava que as forças revolucionárias ocupavam a maior parte da cidade e expressava a crença de que Santa Clara em breve se tornaria uma cidade livre.

No entanto, a carta também alertava para que a população não demonstrasse abertamente sua alegria e satisfação, pois as tropas do regime ainda ocupavam posições dentro da cidade. Orientações eram transmitidas para que as pessoas saíssem de casa apenas em casos de urgência, famílias próximas a áreas de conflito fossem evacuadas e apoio fosse prestado aos membros do exército rebelde e a organizações revolucionárias clandestinas.

Essas cartas eram impressas de forma precária nas montanhas e transmitidas clandestinamente de pessoa para pessoa, possibilitando a disseminação da informação entre os moradores.

Devido à importância histórica desse confronto e ao papel desempenhado por Che Guevara na Revolução Cubana, seu túmulo foi colocado em Santa Clara, como forma de honrar e preservar sua memória. O local se tornou um ponto de peregrinação para aqueles que admiram e respeitam o legado deixado por Che Guevara, um ícone da luta pela justiça social em Cuba e em todo o mundo.

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Ruann Lima

Paraibano e Estudante de Jornalismo na UFF

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Comentários

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Paulo

14/06/2023 - 22h27

Eu tenho certeza de que, se pudessem escolher hoje, à luz da história e de todo o sofrimento por que o povo cubano passou e passa, ditador por ditador, os cubanos prefeririam um milhão de vezes Fulgencio Batista (não que uma ditadura possa ser boa, mas sempre pode ser pior, bem pior, que outra). A propósito, o colunista saberia informar o que aconteceu com Camilo Cienfuegos?


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