Hardt havia pedido para ser removida da Vara da Operação Lava Jato em maio deste ano e entrou com pedido para atuar em Santa Catarina.
A juíza federal Gabriela Hardt não conseguiu a deixar a 13ª Vara de Curitiba e irá continuar à frente da Operação Lava Jato. Em maio, ela tinha se inscrito para um concurso de remoção, organizado pelo Conselho de Administração do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
A juíza está substituindo o juiz titular, Eduardo Appio, desde o dia 20 de maio, data em que ele entrou de férias e, logo em seguida, foi afastado provisoriamente da operação. A suspeita é de que o juiz praticou infrações disciplinares e, caso seja efetivamente afastado, Hardt o substitui.
A negativa do pedido de Gabriela Hardt ocorreu em função do critério de seleção do concurso. Segundo o TRF-4, o tempo de trabalho na área era um critério de escolha – um juiz com mais anos de magistratura também se candidatou a vaga de remoção e foi contemplado.
A juíza havia pedido para atuar em Florianópolis (SC). A confirmação de remoção deve ser publicada nesta quarta-feira (14), em Diário Oficial, segundo o g1.
Hardt atua em períodos de férias ou ausência do juiz oficial. Entre 2018 e 2019, quando Sergio Moro abandonou a magistratura, ela chegou a conduzir os casos da Lava Jato.
Foi ela quem, por exemplo, expediu a sentença que condenou o então presidente Lula à prisão na ação penal do sítio de Atibaia (SP), em 2018. Dois anos depois, a medida foi anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).