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Globo critica Lula por defender política industrial em acordo com UE

O jornal O Globo publicou um editorial abordando o compromisso entre o Mercosul e a União Europeia, que perpassa pelas posições do presidente Lula. No texto, o veículo da família Marinho questiona a atitude do petista por defender as empresas brasileiras nas negociações de livre-comércio. Ao pontuar a conversa entre Lula e Ursula von der […]

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Foto: Ricardo Stuckert/PR

O jornal O Globo publicou um editorial abordando o compromisso entre o Mercosul e a União Europeia, que perpassa pelas posições do presidente Lula. No texto, o veículo da família Marinho questiona a atitude do petista por defender as empresas brasileiras nas negociações de livre-comércio.

Ao pontuar a conversa entre Lula e Ursula von der Leyen, o artigo diz que “causam preocupações” as falas do presidente, por suas “críticas” às exigências dos negociadores europeus na área ambiental e o pedido de reanalisar a participação acordada entre as empresas europeias nas compras governamentais. O Globo julga, então, as tentativas de Lula de remodelar a resolução conforme os interesses do país que ele preside.

“Não está claro se o objetivo é aparar arestas pontuais e firmar logo o acordo ou criar empecilhos, para assim reabrir a negociação iniciada em 1999 e concluída em 2019, adiando indefinidamente a implementação. A segunda possibilidade seria desastrosa para o Brasil, tanto do ponto de vista comercial como geopolítico”, afirma.

Segundo o editorialista, o tratado “é um primeiro passo para abrir a economia brasileira à competição”, por isso a necessidade de firmá-lo como ele é, e não propor mudanças, como dá a entender o texto.

“Negociações multilaterais envolvendo dezenas de países são consideradas impossíveis na atual conjuntura internacional […] O único caminho disponível para a liberação comercial hoje é a assinatura de acordos entre países ou blocos”, continua.

É explicado que é favorável ao Brasil fechar o acordo entre o Mercosul e a UE para que o país “escape das armadilhas da bipolaridade” entre as disputas entre os Estados Unidos e a China, por exemplo. “Estreitar os laços com o europeus seria uma maneira salutar de evitar ser forçado a escolher um dos lados, ampliando as opções”.

O editorial critica, ainda, as exigências ambientais de Lula, bem como as sanções em caso de descumprimento. De acordo com o artigo, as metas definidas sobre o fim do desmatamento e preservação da natureza são impraticáveis – para O Globo, as exigências podem ser “reformadas ou eliminadas”.

“O artifício parece uma maquiagem ambiental para o velho protecionismo”, diz o texto.

Ao final, o artigo levanta mais um ponto. Dessa vez, o jornal desaprova as políticas referente às indústrias brasileiras – fator que poderia afastar a gestão europeia do país, segundo ele.

“Obcecado pela ideia de política industrial, Lula quer barrar a participação dos europeus em licitações do governo, voltando atrás num compromisso já assumido pela diplomacia brasileira. Se insistir, dará oportunidade para que a UE apresente velhas e novas demandas. Já será difícil garantir todas as aprovações necessárias para que o texto do acordo entre em vigor. Reabrir as negociações depois de fechado o texto só piora a situação”, diz o texto.

“É tudo o que os protecionistas europeus querem para dinamitar o acordo. Será provavelmente o fim de um tratado fundamental para dinamizar a economia brasileira. Infelizmente, talvez seja esse o plano de Lula”, conclui o editorial.

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Comentários

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Alexandre Neres

14/06/2023 - 19h26

Como sempre, o senhor Edson Luís Pianca está defendendo o plim-plim e os preceitos neoliberais. Num gosta da indústria nacional nem a pau.

A forma de ele tratar os fatos é bastante pitoresca. Seria cômico se não fosse trágico.

Na quadra atual, o dito cujo apoia, inda que veladamente, as chantagens de Lira.

Mesmo assim, gosta de posar de vestal, ostentando um moralismo exacerbado pra inglês ver.

O cuecão borrado só pode tá de pianca mole!

EdsonLuíz.

14/06/2023 - 16h14

O que Lula faz não é a defesa da empresa brasileira ; o que Lula faz é garantir a pratica da fisiologia, da demagogia, do populismo e abrir espaço para relações “particulares” com empresas venais, como a OAS e a Odebrecht, como todo mundo sabe, e que envolve sempre muita corrupção.

As espertezas sacanas de Lula têm que ser criticadas mesmo!

Se submeter aos critérios mais sérios de relações governos-empresas, como os praticados na Europa, Lula não quer porque dificultam as venalidades que ele faz junto com as empresas de seus amigos e que em seus governos anteriores resultaram na Operação Lava Jato de combate à corrupção.

Só que Lula sempre tenta enganar dizendo que o que ele quer é proteger a empresa brasileira. A boa empresa brasileira precisa ser protegida é dele, Lula, que em seus mandatos anteriores gastou o olho da cara de dinheiro brasileiro via Bancos públicos e, no entanto, agravou enormemente a nossa desindustrialização e causou muita perda de produtividade na nossa economia. E jogou o Brasil em um grande buraco.

O pior de tudo é que essa tragédia econômica causada por Lula deu, no final das contas, em Bolsonaro.


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