A Alemanha voltou a importar petróleo do Irã no começo deste ano, segundo dados de um relatório divulgado, na última segunda-feira (12), pela IRNA, agência de notícias Iraniana.
A relação não acontecia há 5 anos devido a sanções relativas a exportação de petróleo impostas ao Irã pelos Estados Unidos. Segundo o relatório, que continha dados da Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, a importação alemã foi de quase 70.000 toneladas, referente a petróleo bruto e outros produtos petrolíferos.
A última importação de petróleo alemã, relativa a 10.000 toneladas de petróleo, tinha acontecido em 2018, ano que os EUA se retiraram do programa de acordo nuclear iraniano e impuseram sanções ao país.
Os números da Eurostat mostraram que as importações totais de petróleo iraniano feitas por Alemanha e Bulgária atingiram a marca de 66.884 toneladas, sendo os únicos países da UE a descumprirem as sanções dos EUA.
No entanto, outros países da UE se mostram insatisfeitos com as sanções estadunidenses relativas a outros países e estão relutantes em cumprir os acordos, de acordo com os dados da Eurostat. Há países europeus, por exemplo, ignorando as sanções impostas à Rússia, por conta da invasão à Ucrânia, ao continuar a importar petróleo bruto e gás do país.
Acordo Nuclear
Em 2015 os Estados Unidos estabeleceram um acordo nuclear que limitava o desenvolvimento de armas nucleares por Teerã. Segundo o governo dos EUA, a ação pretendia manter o programa nuclear iraniano seguro.
Em 2016 o governo dos EUA reconheceu que o Irã estava cumprindo com as diligências impostas, como vender uma grande quantidade de urânio enriquecido presente no país e tornar algumas usinas nucleares inoperantes, e passou a retirar algumas sanções impostas ao país.
No entanto, em 2018, sob o mandato de Donald Trump, os EUA voltaram atrás e abandonaram o acordo dizendo que o Irã não tinha feito o suficiente para cumprir com o que foi estabelecido. Dessa forma, impôs novamente sanções sobre o país.
O atual Secretário de Estado estadunidense Antony Blinken afirmou, em declaração à Reuters em setembro de 2022, que “essas ações de fiscalização continuarão, com o objetivo de restringir severamente as exportações de petróleo e petroquímicos do Irã”. Além disso, ele também aconselhou que quaisquer países que estejam em negociações com o irã interrompam as relações, do contrário também sofreriam sanções dos EUA.
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