Durante uma entrevista ao J10, da GloboNews, nesta segunda-feira (12), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), expressou sua opinião de que a escolha do presidente Lula para a configuração da Esplanada dos Ministérios não obteve o rendimento esperado, especialmente no que diz respeito à composição da base governamental.
“Cada governo escolhe como fazer a composição da sua base. O presidente Lula optou por fazer um desenho da sua Esplanada dos Ministérios, e esse desenho não teve o rendimento esperado por parte do governo”, declarou o presidente da Câmara.
Lira ainda afirmou que desde sempre foi contra à participação do Congresso nos ministérios e defende que cada poder se limite ao seu papel instituído pela Constituição. Ele ressaltou essa posição durante a entrevista, deixando claro que acredita em uma divisão clara de responsabilidades entre os poderes.
Em relação à governabilidade do presidente Lula, quando questionado, Arthur Lira comentou que a Câmara dos Deputados não foi um impecilho para nenhuma votação do governo. O político ainda mencionou que o Planalto foi previamente informado sobre possíveis problemas na articulação política, indicando que houve comunicação sobre questões que poderiam afetar a governança.
“Demos a esse governo tranquilidade orçamentária e financeira para fazer um ano de acomodação política muito tranquila. Votamos o arcabouço e votamos a PEC da reestruturação dos ministérios, com muita dificuldade, diga-se de passagem”, afirmou.
Lira elogiou a habilidade de articulação política do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. No entanto, ele negou ter sugerido a Lula que o ministro fosse designado para a Casa Civil. Lira deixou claro que não fez essa recomendação específica ao ex-presidente.
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