Segundo o Metrópoles, nesta terça-feira (13), o deputado Arthur Maia (União-BA), presidente da CPI dos atos antidemocráticos, declarou que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá disponibilizar os inquéritos concluídos relacionados aos ataques. Antes da declaração, ele teve uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, que assegurou que os dados serão compartilhados em um prazo de até 45 dias.
O prazo de 45 dias foi estabelecido pelo ministro Moraes. Segundo Arthur Maia, o ministro deixou claro que não compartilhará nenhum inquérito que ainda esteja em andamento. À medida que os inquéritos sigilosos forem concluídos, eles serão liberados e enviados à CPI.
O comitê está programado para iniciar os depoimentos dos convocados na próxima terça-feira (20), sendo que a lista de nomes será divulgada nesta quarta-feira (14).
Portanto, é esperado que a maioria dos processos atualmente em sigilo sejam compartilhados em breve. Arthur Maia afirmou que não há problemas se figuras como Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, forem ouvidas somente após um mês e meio.
Arthur Maia negou ter discutido com Alexandre de Moraes sobre o requerimento para convocar o ministro do STF e também afirmou que não tratou das ações da base governista para remover o deputado André Fernandes (PL) do colegiado. O parlamentar do PL é um seguidor do ex-presidente Bolsonaro, e está sendo investigado em um inquérito no STF devido a postagens feitas durante as manifestações.
Na coletiva, Maia também expressou sua insatisfação em relação à postura da base governista na CPI, destacando que esse grupo possui a maioria no colegiado. “A CPI perde credibilidade quando a maioria quer convocar somente determinados nomes para reforçar sua narrativa. Não é razoável que a CPMI só ouça os que interessam à maioria”, disse.