Abaixo, um resumo de reportagem investigativa da Agência Sportlight, que traz indícios de um grande esquema de desvio de recursos no estado de Alagoas, num escândalo que envolve próximos do deputado federal Arthur Lira (PP-AL):
Murilo Sergio Jucá Nogueira Júnior, apesar de ser um bilionário com inúmeros contratos governamentais, propriedades imobiliárias e sete empresas, ainda trabalha em uma delegacia da polícia civil com um salário bruto de R$ 10.531,82. A “Operação Hefesto” da Polícia Federal, iniciada no início de junho, iluminou aspectos do papel de Jucá em desvios de contratos para kits de robótica superfaturados, encontrando R$ 4,4 milhões em dinheiro vivo em um endereço ligado a ele.
O policial civil recebeu R$ 550 mil de Edmundo Catunda, sócio da Megalic e aliado do presidente da câmara, Arthur Lira (PP-AL), e um veículo utilizado para transportar dinheiro do esquema foi identificado como de propriedade de Jucá. Este veículo, uma Toyota Hilux preta, também foi utilizado pelo deputado Lira na campanha eleitoral de 2022.
Jucá continua sua carreira na polícia, apesar de ter feito cerca de 1 bilhão de reais em contratos com diferentes governos ao longo dos anos. Ele tem contratos com diversos níveis de governo, a maioria obtidos nos últimos quatro anos, particularmente em Alagoas. Suas empresas possuem contratos de quase R$ 916 milhões com o governo federal, Alagoas, DF, Santa Catarina e a prefeitura de Maceió.
Entre as propriedades de Jucá está uma fazenda de um milhão de metros quadrados adquirida da Monsanto e uma mansão na praia adquirida por um valor abaixo do mercado, cujos proprietários anteriores estavam ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A Polícia Federal realizou uma busca e apreensão na mansão em outubro, e a justiça ordenou a apreensão da propriedade.
Nenhum comentário ainda, seja o primeiro!