Deputado bolsonarista ridiculariza MST: ‘Movimento dos Trabalhadores Sem Picanha’

Imagem: Reprodução

O deputado federal André Fernandes, do PL-CE, investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por supostamente ter incentivado os ataques antidemocráticos no 8 de janeiro, ironizou o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) nesta sexta-feira (9). Pelas redes sociais, o parlamentar divulgou uma imagem utilizando uma camisa com a logo característica do movimento social, porém com a inscrição alterada para “movimento dos trabalhadores sem picanha”, em uma clara referência à promessa de campanha do presidente Lula (PT).

Na publicação, Fernandes escreveu: “Esse movimento não para de crescer”. Outros parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o senador Magno Malta (PL-ES), compartilharam o registro.

Em 2019, ainda como deputado estadual no Ceará, André Fernandes defendeu publicamente a ideia de “tratar com tiro” os “vagabundos” do MST. Naquela ocasião, havia um projeto em tramitação na Assembleia Legislativa que buscava conceder o título de cidadão cearense ao fundador do movimento social, o economista João Pedro Stédile.

Em um vídeo, o político bolsonarista reiterou sua posição contrária ao MST e afirmou ser contra a proposta: “Eu já falei o que vagabundo do MST merece: é tiro mesmo”, disse André Fernandes.

Além de ser campeão de votos no estado, o parlamentar é autor do requerimento que deu origem à CPI do dia 8 de janeiro e está sendo investigado pelo STF por suspeita de ter incentivado os atos golpistas. André Fernandes chegou a convocar seus apoiadores para as manifestações e compartilhou uma imagem da estátua “A Justiça” pichada.

Por esse motivo, deputados e senadores da base governista tentaram impedir sua participação no colegiado que investiga os atos que resultaram na depredação do patrimônio público em Brasília. No entanto, o pedido foi negado pelo presidente da CPI, o deputado Arthur Maia (União-BA).

Clarice Candido:
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