Joilson da Silva de Freitas Santos, 39 anos, foi preso pela polícia civil de São Paulo, na última quarta-feira (7), por ter estuprado adolescentes. O homem teria usado sua posição de pastor da Igreja Batista de Lagoinha e chantageado os jovens para conseguir o que queria.
O pastor era responsável por uma célula da igreja que ensinava sobre a bíblia para crianças e adolescentes, segundo o polícia civil. Além disso, a Igreja Batista de Lagoinha, liderada pelo pastor bolsonarista André Valadão, tratava o Joilson como um “líder“, segundo postagens de redes sociais.
Em junho de 2022, um jovem de 16 anos deixou a casa de Joilson e disse ao porteiro que tinha sido vítima de abuso. A partir desse momento a polícia civil de São Paulo começou a investigar o caso e chegou em mais dois jovens que disseram ter sido estuprados pelo pastor. Dessa vez eram duas meninas, uma de 16 e outra de 13 anos.
“Ele [Joilson] cantava esse grupo de jovens, no sentido de que, se eles não se envolvessem em atividades sexuais com ele, ele revelaria aos pais e às pessoas da igreja que eles se masturbavam, assistiam a vídeos eróticos e tinham interesse em sexo . As crianças, acuadas, cediam”, disse o delegado Fluvio Mecca, do 5º Distrito Policial de Guarulhos, à TV Globo.
A esposa do pastor também prestou depoimento à polícia e contou ter ouvido os atos sexuais, mas nunca tomou nenhuma atitude. Segundo a mulher, a dependência financeira em relação ao marido foi o motivo de nunca ter se manifestado ou denunciado a situação.
A Igreja Batista de Lagoinha disse que se colocaria “à disposição dos órgãos responsáveis para todo e qualquer auxílio nas investigações. Tanto o acusado como sua esposa já foram excluídos da instituição”. Além disso, a instituição negou que Joilson fosse membro da igreja.
“Não exercia função oficial, não era líder responsável pelas crianças e/ou adolescentes, e que ainda não detinha autorização para ‘discipular’ ou atender pessoas em sua residência”, disse o advogado da instituição em nota enviada à TV Globo.