Incêndios florestais descontrolados atingiram o Canadá nesta quarta-feira (7), resultando em danos à infraestrutura, evacuações de residências e uma densa nuvem de fumaça que se estendeu sobre várias cidades da costa leste dos EUA, incluindo Nova York. Essa camada espessa de fumaça obscureceu o ar e tingiu o céu com tons alaranjados.
Porém, parece que a fumaça não ficará por ai: para o Instituto Norueguês de Pesquisa Climática e Ambiental, prevê-se que ocorra um alcance a região norte da Europa, incluindo a Groenlândia e a Islândia, ainda nesta quinta-feira, registrando partículas no ar.
“Isso (fumaça) provavelmente permanecerá pelos próximos dias. Podendo chegar até o fim de semana”, afirmou Bryan Ramsey, o meteorologista do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA.
O governo do estado de Nova York está em processo de fabricação de aproximadamente 1 milhão de máscaras faciais N-95. Deste total, 400 mil serão destinadas à cidade de Nova York para distribuição. “É provável que as condições permaneçam insalubres, pelo menos até que a direção do vento mude ou os incêndios sejam apagados”, comentou Ramsey.
Segundo o ministro canadense de preparação para emergências, Bill Blair, aproximadamente 3,8 milhões de hectares (38 mil km²) já foram consumidos pelas chamas, o que corresponde a cerca de 15 vezes a média dos últimos 10 anos. “Em todo o país, até hoje, existem 414 incêndios florestais, 239 dos quais estão fora de controle”, afirmou em um briefing. A província oriental de Quebec é uma das possíveis mais afetadas.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, revelou ter conversado por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na quarta-feira, expressando seu agradecimento pelo “apoio crítico” fornecido no combate aos incêndios. Centenas de bombeiros americanos já foram enviados ao Canadá para ajudar na operação.
Até o momento, aproximadamente 11.400 pessoas foram obrigadas a deixar suas residências em regiões remotas do norte de Quebec, e mais 4.000 indivíduos devem ser evacuados em breve, conforme informado pelo primeiro-ministro de Quebec, François Legault.
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