Segundo O GLOBO, Luciano Bivar – presidente do União Brasil – expressou seu apoio ao deputado Celso Sabino para ocupar o cargo de ministro do Turismo, substituindo Daniela Carneiro, ambos representantes do partido. De acordo com Bivar, o parlamentar “garantiria apoios no Congresso”.
“Como se diz no futebol, a bola está com o governo. Como se diz na política, a caneta também. Agora é com eles. O Planalto sabe que o Sabino é o nome da nossa preferência, goza de grande prestígio junto à bancada, tem boa interlocução com todos os líderes partidários e condições de fazer um belo trabalho, tanto no ministério, quanto na articulação com os nossos quadros, trazendo apoios”, disse Bivar.
Daniela é vista como uma escolha pessoal do presidente Lula, devido ao fato de ter o apoiado na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, durante a campanha. Ao seu lado, também estava seu marido, Waguinho, prefeito de Belford Roxo.
O prefeito se encontrou com o ministro Alexandre Padilha nesta terça-feira. Durante uma conversa tensa, ele expressou sua insatisfação com a forma como Celso Sabino tem buscado assumir o cargo ocupado por sua esposa.
Waguinho também apresentou vídeos de comícios realizados na Baixada durante as eleições a Padilha e ressaltou que qualquer eventual saída de Daniela deveria ser acompanhada por contrapartidas. O prefeito destacou ainda que ele e sua esposa podem ajudar a estabelecer uma aproximação do governo com os evangélicos.
“O ministro (Padilha) disse que pode ter mudanças, mas não é o Ministério do Turismo que vai entregar votos no Congresso. Voto é resultado do pagamento de emendas. Colocar o Sabino não vai resolver problema nenhum”, disse Waguinho.
Sabino é um aliado próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), uma das principais lideranças do Centrão. Com sua nomeação no lugar de Daniela, o governo espera garantir a maioria dos 59 votos do União Brasil na Câmara dos Deputados.
De acordo com um levantamento do jornal, o UB tem uma taxa de adesão e obediência às orientações do governo de 54% na Câmara dos Deputados, o que resulta em uma entrega de menos votos ao Planalto em comparação com partidos como o PP e o Republicanos.
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