Manuela Vitória de Araújo Farias, flagrada com quase 3 quilos de cocaína no aeroporto de Bali, na Indonésia, foi julgada nesta quinta-feira (8) e recebeu uma pena de 11 anos de prisão. A sentença da brasileira também inclui o pagamento de 1 bilhão de rúpias indonésias, equivalentes a R$ 300 mil.
A brasileira, que teve a droga apreendida em dezembro de 2022, seguirá presa em regime fechado no país. Davi Lira da Silva, advogado de defesa de Manuela, diz que não há chances da jovem de 19 anos cumprir pena no Brasil.
Davi disse considerar a sentença um “milagre“, porque a indonésia prevê prisão de cinco a 20 anos, prisão perpétua ou até pena de morte para casos semelhantes. “Onze anos de prisão, que acredito que pode ser cumprido de 6 a 7. A defesa se sente feliz.”, disse o advogado.
Argumentos da defesa
Manuela teria sido usada como “mula”, segundo o advogado. Uma organização criminosa de Santa Catarina teria enganado a jovem de 19 anos prometendo férias e aulas de surfe no país asiático.
Ela carregava duas malas quando chegou ao aeroporto de Bali. Em uma delas havia dois pacotes de entorpecentes, um um com 990 gramas e o outro com 637 gramas. A outra mala continha três pacotes, com 891 gramas, 711 gramas e 379 gramas, respectivamente. Manuela alegou não saber o que levava, nem sabia para onde deveria ir quando chegasse à Bali.
A brasileira vivia com a mãe em Santa Catarina, e trabalhava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries. Quando foi indiciada por tráfico de drogas no dia 27 de janeiro, conseguiu contato com a família através da embaixada brasileira na Indonésia.