A bancada ruralista tem ganhado força no Senado, impulsionada pelas crescentes movimentações da extrema-direita no país. Só neste ano, o número de senadores chegou a 47, 8 a mais, em comparação com o número em 2019.
A articulação ganhou força na Câmara com apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de Arthur Lira (PP-AL), ganhando aprovação de pautas consideradas prioritárias para o setor.
No entanto, a bancada não tem a mesma influência no Senado, e os projetos de leis acaba travados na Casa. Por isso, a próxima meta da articulação tem sido aprovar projetos prioritários para o setor, como os PL do licenciamento ambiental, o dos agrotóxicos –conhecido por críticos como PL do veneno– e o da regularização fundiária.
Um dos assuntos também na mira dos senadores é o marco temporal, aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada. O governo conta com o Senado para barrar a tese, que restringe as terras indígenas às áreas que estavam ocupadas até a data de promulgação da Constituição de 1988.
A senadora Tereza Cristina, do Mato Grosso do Sul, tem liderado os debates e tentado facilitar a participação dos ruralistas no senado.
“Eu acho que a coisa vai caminhar. O presidente Rodrigo [Pacheco (PSD-MG)] foi muito enfático: esse assunto precisa ser votado. Tem que dar uma solução. Seja sim ou não, mas ele tem que andar”, afirmou Tereza Cristina à Folha, sobre o PL dos agrotóxicos.
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