Não é novidade para ninguém que em Fortaleza, PT e PDT atuam em campos opostos. Mas os traumas deixados pelo divórcio no plano estadual, desde as eleições do ano passado, foi detectado pela última pesquisa Datafolha.
Como destaquei ontem, o governador Elmano de Freitas (PT), não se encontra numa situação confortável na capital cearense. De acordo com o levantamento, apenas 30% dos alencarinos consideram o governo do petista como ótimo/bom.
Até o momento, a gestão de Elmano se “destaca” apenas na avaliação regular, com 42%. Por outro lado, 22% avaliam como ruim/péssimo. Os números da pesquisa é reflexo da própria atuação do governo.
Até agora, a gestão Elmano ainda não conseguiu trazer grandes anúncios para a capital, como obras, políticas públicas etc. A própria atuação do governador ainda é muito aquém.
Mas a situação também não é nada confortável para o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT). De acordo com a mesma pesquisa Datafolha, apenas 16% dos fortalezenses avaliam a gestão do pedetista como “ótimo/bom”.
No que diz respeito ao regular, o governo Sarto registra o mesmo índice do governo Elmano, 42%. Por outro lado, o “ruim/péssimo” é bem mais preocupante para a gestão do pedetista, pois 39% avaliam de forma negativa.
É justo dizer que a gestão Sarto é marcada pela ausência de políticas públicas nas periferias, o caos na rede municipal de saúde, medidas impopulares como a taxa do lixo e o aumento expressivo – de R$0,60 – na passagem de ônibus.
Os números são ruins para ambos, mostra que o eleitor fortalezense enxerga uma apatia e falta de liderança para resolver os inúmeros problemas que a capital cearense possui e isso deve ser um alerta para as eleições de 2024.
Pois de modo geral, o eleitorado de Fortaleza dificilmente elege o prefeito do mesmo partido do governador, é quase raro. Isso é a demonstração mais clara de que existe uma disposição maior dos alencarinos pela oposição. Ou seja, os números do Datafolha são benéficos apenas para o grupo de Capitão Wagner (União Brasil) que já se articula desde o início do ano.