O príncipe Harry compareceu a um tribunal de Londres, nesta terça-feira (6), para prestar depoimento em um processo movido por ele e mais de cem pessoas contra a Mirror Group Newspapers (MGN), editora dos tabloides “Daily Mirror”, “Sunday Mirror” e “Sunday People”. A acusação é de que os jornais grampearam seus telefones para obter informações privadas no período de 1991 a 2011. Essa ação marca a primeira vez em mais de um século que um integrante da família real britânica depõe na Justiça.
“Descobrir os métodos ilegais de como as informações (para alguns) artigos foram obtidas certamente me chocou”, afirmou o Duque de Sussex. Entre os envolvidos que processam a editora de tabloides estão atores, estrelas do esporte, celebridades e pessoas com conexões importantes. Eles afirmam que jornalistas do grupo de mídia, ou investigadores particulares contratados por eles, realizaram hacking de telefone em “escala industrial”, obtendo detalhes privados por engano e realizando outros atos ilícitos para obter informações sobre eles.
Os advogados de acusação alegam que editores seniores e executivos tinham conhecimento e aprovavam esse comportamento. A MGN contesta as reivindicações, argumentando que alguns dos processos foram abertos tarde demais, incluindo o de Harry. O príncipe deve prestar depoimento ao longo de três dias.
A expectativa dos jornais britânicos era de que o príncipe Harry, filho caçula do rei Charles III, de 38 anos, comparecesse à audiência do julgamento contra o Mirror Group Newspapers (MGN), editor do jornal Mirror e da revista Sunday People, entre outras publicações, na segunda-feira (5). Jornalistas e fotógrafos aguardavam por sua presença desde o início da manhã na entrada da Alta Corte de Londres.
Porém, seu advogado, David Sherborne, informou que Harry só estaria disponível para depor nesta terça-feira. Ele explicou que o príncipe estava celebrando o segundo aniversário de sua filha na Califórnia e não chegaria ao Reino Unido antes da noite de domingo.
A ausência de Harry causou surpresa ao juiz Timothy Fancourt, que declarou estar “um pouco surpreso”, e deixou o advogado do MGN, Andrew Green, “profundamente perturbado”. Green expressou o desejo de interrogar Harry durante um dia e meio.
A última visita de Harry ao país foi na cerimônia de coroação de seu pai, em 6 de maio. Ele compareceu ao evento sem sua esposa, a atriz Meghan Markle, e retornou imediatamente aos Estados Unidos, onde o casal mora desde 2020.
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