Lula começou a semana se reunindo com líderes partidários, com o presidente da Câmara e anunciando uma penca de medidas fortalecendo a defesa do meio ambiente e empoderando a Ministra Marina Silva.
E ainda de quebra, assinou hoje a medida provisória para o Desenrola, programa de renegociação de dívidas, e também uma medida para reduzir o preço dos carros, renovar frotas de ônibus e caminhão.
Amanhã deve viajar para a Bahia, onde participará da cerimônia de abertura da 17ª Bahia Farm Show e depois irá para Pernambuco onde fará uma visita às instalações do Polo Automotivo de Goiana. Na próxima semana Lula deve encontrar líderes da câmara dos deputados e muito em breve promover uma mini-reforma ministerial.
A economia mostra sinais de recuperação e depois de uma série de entregas importantes na semana passada. E essa semana o “Novo PAC” do governo Lula começa a tomar ainda mais forma e além de garantir investimentos em infraestrutura, quer usar o programa para fortalecer a indústria nacional.
E se não bastasse, durante o final de semana o Relatório Anual de Impacto Econômico, coordenado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo, revelou que em apenas 4 meses de 2023, Brasil já recebeu 75% de todo o turismo de 2022. E ainda trás alguns pontos interessantes:
- Segmento deve alcançar receita de 730 bilhões esse ano, 8% do PIB, e gerar 8 milhões de empregos;
- Maior aumento foi de argentinos, 1,2 milhão a mais, +166%.
Se Lula deixar a guerra da Ucrânia num posição secundária, colocar ordem nos ministros, reorganizar a própria base e seguir potencializando e apoiando as ações do próprio governo, isso ajudará até mesmo nas negociações com a Câmara e poderá enfraquecer a força de Arthur Lira (PP-AL). Principalmente porque o melhor cabo eleitoral numa eleição municipal é um governo federal popular e diversos parlamentares em Brasília estarão dedicados ao pleito eleitoral.
O que Lula não pode fazer é que aconteceu na ultima quinta-feira (30), quando, enquanto a chapa esquentava com a MP dos Ministérios correndo o risco de caducar, Lula abriu o dia dedicando-se quase que de maneira integral para agendas internacionais, só depois do almoço decidiu se debruçar na crise na câmara.
Até semana passada o que mais se escutava de assessores, parlamentares da base e interlocutores do governo é “Lula não sabia disso, Lula não sabe daquilo”. Até Janja, a primeira-dama, levou a culpa por esse “não sei” recorrente.
Independente dos “culpados” pela cacofonia, essa segunda-feira todos em Brasília concordam com uma coisa: Lula pousou no Brasil.
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