Desde que saiu da prisão, quase um mês atrás, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, tem evitado sair de sua residência e se encontrar com líderes políticos que o procuraram.
Segundo o GLOBO, Torres tem se limitado principalmente a acompanhar suas filhas na escola, visitar seus pais e comparecer semanalmente ao escritório de seu advogado, Eumar Novacki. É lá no escritório de Novacki que ele realiza as audiências semanais exigidas pelo sistema judicial.
O ex-ministro, atualmente monitorado por uma tornozeleira eletrônica, continua recebendo acompanhamento psiquiátrico, o qual já tinha durante o período de prisão. Entretanto, Torres está gradualmente reduzindo a dosagem dos medicamentos que utilizava enquanto estava detido.
Pessoas próximas a Torres afirmaram que ele recebeu abordagens de interlocutores ligados à família Bolsonaro após sua libertação, porém recusou-se a encontrá-los.
Em resposta a esses relatos, o senador Flávio Bolsonaro negou, por meio de uma coluna, ter tentado estabelecer qualquer tipo de contato com o ex-ministro, alegando que isso poderia resultar em acusações de “obstrução de justiça”.
Torres é investigado pela PF em inquéritos que envolvem os atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, assim como ações da PRF durante as eleições do ano passado. Além disso, também está sendo investigado por supostos maus-tratos às aves que mantinha em sua residência.