Não é segredo para ninguém que o governo Lula tem enfrentado uma série de dificuldades em estabelecer uma relação estável com a base parlamentar. Não é à toa que essa foi a principal pauta da imprensa esta semana.
Apesar da fragmentação partidária, dos interesses divergentes e das mudanças na conjuntura política que dificultam a construção de uma coalizão governista sólida, parece que o governo não está tão empenhado em estruturar um diálogo político eficaz ou alcançar um consenso em torno das principais pautas governamentais.
Além disso, falta colaboração dos demais ministros, mesmo com Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, tornando-se o centro das críticas no Palácio do Planalto.
Tornou-se comum parlamentares da base ou do centrão se queixarem de que não são avisados ou convidados para eventos dos ministros em seus estados.
Até mesmo a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) não escapou da falta de atenção dos ministros ao estabelecerem relações com os parlamentares. Em março, ministros do governo foram ao Paraná e informaram a equipe da deputada apenas na véspera da viagem, situação que Gleisi e sua equipe fizeram questão de apontar e reclamar. Gleisi não está sozinha nisso, já que parlamentares dos estados do Nordeste também se queixam bastante desse tipo de postura.
Além disso, os problemas estaduais só se aprofundam. Há rumores de uma disputa entre o PT de São Paulo e o PT da Bahia, e o novo capítulo dessa história seria um rumor de que o PT do Rio de Janeiro teria sido “convidado” a se juntar a São Paulo na luta contra a Bahia.
“Joga pedra no Padilha
Joga pedra no Padilha
Ele é feito pra apanhar
Ele é bom de cuspir”