Segundo Fernando Haddad, o programa contempla o Ministério da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O pacote de estímulo à produção de carros populares, proposto pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi aprovado por Lula. O ministro apresentou a versão final do programa nesta quinta-feira (1).
O presidente Lula deu aval ao projeto de Haddad, que ainda não tem data de lançamento. Segundo o ministro, esse fator irá depender da agenda de Lula e da superação de entraves burocráticos – o parecer da Receita Federal e da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, por exemplo.
A análise do texto, feita pela Casa Civil, será concluída na segunda-feira (5). Apesar das opiniões adversas de especialistas, que acreditam que seria hora de uma reforma nos sistemas de transporte público, o ministro parece esperançoso frente a medida provisória.
“Gerar empregos, desenvolver a indústria nacional e fazer com que o poder de compra do trabalhador volte a crescer”, compartilhou Haddad nas redes sociais, em encontro com Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e representantes da indústria automobilística.
Em entrevistas anteriores, o ministro da Fazenda destacou que a medida não é permanente, mas, sim, durará em torno de quatro meses. A redução temporária de taxas e impostos não terá impacto nos cofres públicos, segundo ele, pois a fonte de financiamento já está definida.
“Essa é uma questão limitada aos próximos meses para que não haja demissões. Sobretudo há uma preocupação muito grande com o emprego na indústria automobilística e em toda a cadeia [produtiva]”, explicou Haddad.
Ao retornar ao Planalto, ele ressaltou que o pacote ficará em vigor até que os juros comecem a cair no Brasil. “Nós fechamos um entendimento. Ficou um desenho bom para o MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços], bom para a Fazenda. Os dois ministérios estão muito bem contemplados”, afirmou.
De acordo com o ministro, Lula validou a fonte de recursos para financiar o programa. O impacto final da renúncia de impostos será inferior aos R$ 2 bilhões inicialmente anunciados, conforme os cálculos, e será integralmente compensado.