Um encontro realizado nesta sexta-feira (2) à tarde, em São Paulo, juntou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e empresários, incluindo representantes do agronegócio. A reunião é mais um episódio que ilustra a relação entre o prefeito da maior capital do país, que busca a reeleição, e o PL.
No mês de maio, Nunes já havia participado de um almoço com Bolsonaro e de um evento do PL Mulher, em São Paulo. Nos bastidores, há conversas sobre a possível filiação de Regina Nunes, primeira-dama da capital, ao partido. Membros do Partido Liberal estão planejando um grande evento para marcar a chegada da primeira-dama em questão.
Nunes procura o apoio do PL para as eleições de 2024. Não se sabe ainda se o prefeito irá migrar do MDB, partido ao qual pertence desde que tirou o título de eleitor, para o PL. Outra possibilidade seria formar uma chapa com o partido em 2024.
Essa aliança também visa neutralizar a candidatura do deputado federal Ricardo Salles (PL), que também tem interesse em se candidatar, mas enfrenta resistência interna no partido. Salles não foi convidado para o almoço. Outras candidaturas também estão sendo cogitadas, incluindo o nome do senador Marcos Pontes.
Durante o almoço, os convidados teriam mencionado o tema das eleições municipais. Segundo informações apuradas pelo G1, um dos presentes disse a Bolsonaro que seria bom apoiar Nunes, e o ex-presidente respondeu que ainda era cedo para tomar uma decisão.
Pela manhã, Bolsonaro e Nunes compareceram a uma formatura de policiais na Academia de Polícia Militar do Barro Branco, na zona norte da capital. O governador Tarcísio de Freitas, do Republicanos, também participou do evento. Embora tenha sido convidado para o almoço, Freitas não pôde comparecer devido a conflitos em sua agenda. Os três permaneceram juntos durante a cerimônia dos policiais.
Bolsonaro chegou a São Paulo nesta quinta-feira (1º) para realizar exames médicos e ficou hospedado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo. Segundo Tarcísio de Freitas, essa visita foi caracterizada como uma “visita de amigos”.