Ele lembrou que a indústria representa cerca de 11% do PIB
Publicado em 02/06/2023 – 17h28
Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil – São Paulo
Agência Brasil — Ao participar da inauguração de uma fábrica 100% nacional de ônibus elétricos, em São Bernardo do Campo (SP), na tarde desta sexta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia não será assinado sem que haja ajuste na proposta.
“Os que os europeus querem no acordo? Que o Brasil abra as portas para compras governamentais. Ou seja, eles querem que o governo brasileiro compre as coisas estrangeiras ao invés das coisas brasileiras. E se eles não aceitarem a posição do Brasil, não tem acordo. Nós não podemos abdicar das compras governamentais que são a oportunidade das pequenas e médias empresas sobreviverem nesse país”, disse Lula em discurso a empregados e dirigentes da Eletra.
A empresa inaugurou novas instalações na Rodovia Anchieta, na região do ABC Paulista, com área de 27 mil metros quadrados (m²) e capacidade para produzir 1,8 mil ônibus por ano, podendo chegar a 2,7 mil unidades a depender da demanda.
Cadeia produtiva
“O Brasil tem hoje uma cadeia produtiva completa de ônibus elétricos, com uma rede de assistência técnica e reposição de peças nacionais”, assegurou a presidente da Eletra, Milena Braga Romano.
Para Lula, o estado brasileiro precisa atuar para reindustrializar o país. O presidente lembrou que a indústria, que chegou a responder por mais de um terço da renda nacional, hoje representa aproximadamente 11% do Produto Interno Bruno (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país).
“Cabe ao estado brasileiro garantir a sobrevivência da indústria brasileira para que a gente possa um dia ser competitivo com o mundo exterior. Então, se nós temos que comprar uma coisa, temos que valorizar aquele produto brasileiro que gera emprego e renda no Brasil, e melhore a qualidade de vida das pessoas”, discursou Lula, defendendo a política de compras governamentais como forma de induzir o desenvolvimento da indústria nacional.
No caso dos ônibus elétricos, a própria legislação em diferentes estados e cidades já exige uma transição do transporte coletivo dos veículos movido a diesel para veículos elétricos ou com menor impacto ambiental.
PIB e exportações
Também presente ao evento, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, celebrou o resultado do PIB do primeiro trimestre, que cresceu 1,9%.
“O PIB brasileiro está no top 5, ou seja, entre os cinco maiores que cresceram no primeiro trimestre deste ano. Geralmente, o primeiro trimestre é fraco e, surpreendentemente, nós tivemos um crescimento de 1,9% e, comparado ao mesmo trimestre do ano passado, 4%”, disse Alckmin.
O vice-presidente destacou ainda o resultado de maio das exportações brasileiras, que atingiram US$ 33 bilhões, a maior da série histórica medida pelo governo para o mês. O saldo da balança comercial (exportações menos importações) ficou em US$ 11,4 bilhões.
Edição: Kleber Sampaio
Paulo
02/06/2023 - 23h14
Essa concepção de Lula sobre nossos interesses estratégicos, sobretudo na indústria, está correta, a meu ver…Nada de ir assinando acordos a troco de banana (que já temos o suficiente, por sinal)…
EdsonLuíz.
02/06/2023 - 23h12
●Vamos falar a sério?
■Com liberação de fornecimento em concorrência pública para empresas de lá e daqui, a vantagem do poder público é o aumento do n° de empresas disputando a concorrência e oferecendo um valor mais barato para ganhar.
▪As empresas brasileiras vão poder vender para o Brasil, França, Alemanha, Espanha, Itália, Holanda, Polônia,… e
▪As empresas da União Europeia vão poder vender alguma coisinha para o Brasil e para…. Me ajudem:: para quem mais mesmo?
Com a abertura da concorrência os governos da União Europeia vão ter concorrendo para fornecer para eles as empresas de lá e as do Merconsul, assim como os governos do Merconsul vão ter como fornecedores as empresas daqui e as da União Europeia.
=>Não tem como esconder que abrir o mercado para concorrência em licitação pública vai ser ÓTIMO para o governo do Brasil, que poderá comprar mais barato, e vai ser ÓTIMO para as empresas brasileiras, que poderão vender para a Europa quase inteira.
Mas Lula cria sempre uma narrativa para esconder certas coisas (e Lula ainda diz que a narrativa é a dos outros, e fala isto sobre fatos que estão escancarados para todos, como Lula negar —já pensaram— que a ditadura da Venezuela não arrebenta e mata o cidadão venezuelano de raiva, fome e espancamento por tortura *, e neste último caso o cidadão venezuelano –um jornalhista sério que denuncia o ditador Nicolás Maduro, por exemplo, é assassinado mesmo!).
■Mas, voltemos à abertura de concorrência para fornecer para governos:: o que vai ficar mais difícil de acontecer, se houver o acordo União Europeia-Mercosul, são concorrências fajutas e com corrupção, e empresas amiguinhas de Lula podem passar a perder a concorrência como fornecedores de Lula para empresas europeias ou mesmo para empresas brasileiras sérias.
=>Quanto a deixar mais concorrência nas licitações públicas, ninguém sério perde:: os governos da Europa e o Brasil passam a comprar mais barato nas licitações que fizerem e as empresas brasileiras sérias passam a poder participar das concorrências enormes dos governos de países europeus, e ao se prepararem para participar das concorrências vão aumentar a própria qualidade, a capacidade e a produtividade, para não ficarem para trás.
E o dinheiro que cada governo economizar comprando de forma séria e mais barata nas concorrências internacionais vai sobrar para comprar mais e comprar outras coisas.
■Porra Lula! Basta! Para de arranjar desculpas e prejudicar o Brasil fingindo que está protegendo!!!
Jhonatan
02/06/2023 - 20h21
Os europeus estão de olho na tomada de 3 pinos …kkkkkkkkkk