Nesta quinta-feira (1º), o presidente Lula (PT) expressou que não ficou surpreso com a aprovação da MP da reestruturação dos ministérios pela Câmara, afirmando que era “razoável” esperar que os deputados votassem “do jeito como votou”.
No final da noite de quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) que estabelece a estrutura ministerial do governo Lula. Porém, o texto tem validade até esta quinta-feira e ainda aguarda votação no Senado. Caso não seja aprovado, Lula terá que governar com a estrutura montada por Bolsonaro até o próximo ano, quando poderá enviar uma nova MP sobre o assunto. Se houver alterações no texto no Senado, será necessário um novo voto pela Câmara.
Durante o dia de ontem, Lula realizou reuniões de última hora com os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, para articular a votação. O governo enfrenta uma crise na relação com o Congresso, que está insatisfeito com o diálogo com o Palácio do Planalto.
Para obter a aprovação da MP, Lula precisou intervir pessoalmente pela primeira vez. Além de uma ligação para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) horas antes da votação, o presidente também se encontrou com o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA).
O líder partidário é um dos principais críticos da articulação política do governo. Segundo relatos feitos por ele a colegas de partido, Lula reconheceu erros na relação com o partido e se comprometeu a atender mais às demandas do Congresso.
Alexandre Neres
01/06/2023 - 13h46
Gostaria de saber quem mais, conjuntamente com a imprensa dita profissional, está celebrando de forma velada, sem conseguir ocultar direito, a chantagem que Lira, amigo inseparável de Bob Fields Neto, está tentando aplicar no Governo Lula?