Depois de uma intensa quarta-feira que entrará para a história e para as discussões das faculdades de ciências políticas, o governo Lula conseguiu, dentro do possível, a estrutura ministerial idealizada no início do ano.
Com uma conjuntura política que mudou drasticamente num intervalo de duas horas, Arthur Lira (PP-AL), que foi colocado quase como um primeiro-ministro, se viu acossado por decisões desfavoráveis no Supremo Tribunal Federal.
Depois de levar uma porta na cara do presidente da República, Lira percebeu que o seu trem havia descarrilado. Não por menos, correu para dizer que, caso a Medida Provisória Ministerial caducasse ou não fosse aprovada, não seria culpa do Congresso. Ele sabia que, caso a MP não fosse aprovada, isso também traria problemas para ele, por isso disse que não seria culpa do Congresso.
Até as 19 horas da noite da quarta-feira (31), deputados da base e da oposição davam quase como certo o naufrágio da MP, só que por volta das 21 horas, o jogo virou. O que mudou? A política é feita de gestos.
Lula acertou em não receber Lira no Planalto, o deputado queria colocar de vez o governo de joelhos, mas não conseguiu.
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O presidente da República pode até não ter conversado com o presidente da Câmara, porém, Lula conversou com os líderes do Congresso, do Senado e liberou emendas sem intermédio de Lira.
A mensagem foi clara: não abandonamos a presidência como Jair Bolsonaro e ainda temos a chave do cofre, não deixamos ela com você. A política é feita de gestos e sinais e este foi bem claro: o governo não aceitará intimidação. De certa maneira, Lula impôs limites.
Começaria ali um verdadeiro calvário de humilhações para Lira que, primeiro, viu o Ministro Dias Toffoli colocar para votação um caso que o torna réu por corrupção passiva, depois viu uma ação sua contra seu inimigo, o senador Renan Calheiros, ser suspensa também pelo STF.
Por fim, Lula, que aguardava o momento ideal para indicar o nome do advogado Cristiano Zanin para o Supremo, decidiu que amanhã isso será feito. Ou seja, um recado claro. Se o momento não fosse favorável, por qual motivo Lula indicaria Zanin amanhã depois de um dia conturbado como a quarta-feira? Isso logo após as decisões no STF?
Porém, a verdade precisa ser dita! O governo federal precisou mobilizar um efetivo colossal de recursos e pessoal para desfazer o imbróglio na Câmara. E tudo isso para conseguir aprovar a configuração ministerial, agora corriqueira e banal em outros mandatos.
A vitória do governo acende um verdadeiro farol de alerta sobre quais devem ser seus próximos passos. Afinal de contas, sempre que o governo precisar aprovar alguma matéria, será esse Deus nos acuda? O governo tem munição para outras escaramuças do tipo? E Lula na articulação? Até o momento, embora seja uma promessa do Planalto, não há nada concreto sobre isso.
E, por mais que o governo fosse vítima de uma chantagem das mais hediondas, por muitas semanas agiu mais como incendiário do que como bombeiro neste incêndio.
A base do próprio PT enfrenta crises de desconfiança e decidiu partir para a defesa incondicional do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que acreditam ser vítima de sabotagens internas de gente do Planalto. Ou seja, há uma quinta-coluna dentro do governo?
Além disso, durante uma reunião da bancada petista nesta quarta-feira (31), deputados reconheceram que as estratégias de 20 anos atrás não vão funcionar e que as dinâmicas no Congresso foram drasticamente pervertidas com a entrada do extremismo de direita.
O governo ainda tem uma longa caminhada, mas pelo menos hoje Lira aprendeu uma importante lição:
Lula não é Bolsonaro. Lula é presidente.
Vilma Fazito
01/06/2023 - 19h28
O governo não está sendo fácil para Lula, mas um estadista não foge à luta e às vezes é necessário batalhar com as armas hediondas do inimigo para ganhar a guerra. Lula nasceu pobre, viveu como operário e tornou-se presidente da República agora em seu terceiro mandato. É isso que a burguesia que fede não suporta ver. Um operário na presidência, um líder homenageado e respeitado no mundo inteiro e um homem que jamais se esquecerá de suas origens, principalmente quando governa para os mais pobres, visando o bem comum a todos e todas. Muitas batalhas virão e muitas serão vencidas.
Walfredo Ferreira da Silva
01/06/2023 - 18h24
É muito simples , basta a grande maioria do povo brasileiro aprender a votar . Se todos aprendesse
a votar como eu , ou seja , votar em deputados e senadores predominantemente de esquerda , com
certeza a história seria diferente . Enquanto não chega essa conscientização , não vai acabar esse
toma lá dá cá . A diferença é só que hoje temos em pratos claros o valor que é negociado pelo governo e a população pelo menos sabe , no governo de Bolsonaro era uma vergonha , tinha um
tal de orçamento secreto que era um verdadeiro escárnio , Bolsonaro colocou esse orçamento na
mão de Artur Lira , onde ninguém sabia a quantidade de grana que era colocada na mão dos deputados . Bolsonaro fez , tipo assim , façam o que quiserem com o orçamento secreto , só não
coloquem meu impeachmet , e foi assim que funcionou durante 4 anos .
Bruno Wagner
01/06/2023 - 12h51
Política com P maiúsculo. Algo que o Dudu e o Saulo nunca vão entender.
Patriotário
01/06/2023 - 12h29
Não vista lembrar, PATRIOTÁRIOSSSSS
PERDEU, MANÉ !!!!!!!!!!
hahahahahahahhahahahahaha
Comprem hipoglós pra passar no rabo arrombado !!!!!!
hahahahahahahahaha
Dudu
01/06/2023 - 10h39
Lula é lavador de dinheiro público.
Saulo
01/06/2023 - 09h20
Se não tivesse liberado quase dois bilhões não teria aprovado nunca, assim como nada foi aprovado hoje sem liberação de dinheiro.
Lula nasceu porco, viveu como um porco e vai morrer porco.