Menu

Debate sobre Margem Equatorial é oportuna para ampliar a pesquisa e o desenvolvimento nacional, diz Ineep

Publicado em 31/05/2023 INEEP — “O Brasil precisa liderar o processo global de transição energética e justa. O debate em torno da Margem Equatorial Brasileira é uma oportunidade para se construir o futuro. Uma oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre a biodiversidade amazônica, as características hidrodinâmicas e geológicas desta região, além de impulsionar a pesquisa, […]

2 comentários
Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News
Divulgação

Publicado em 31/05/2023

INEEP — “O Brasil precisa liderar o processo global de transição energética e justa. O debate em torno da Margem Equatorial Brasileira é uma oportunidade para se construir o futuro. Uma oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre a biodiversidade amazônica, as características hidrodinâmicas e geológicas desta região, além de impulsionar a pesquisa, desenvolvimento e inovação da indústria nacional.”

O comentário foi feito, hoje (31/05), pela diretora técnica do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), Ticiana Alvares, em audiência na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados que tratou da exploração de petróleo e gás na Foz do Amazonas.

“É preciso superar o obscurantismo e o negacionismo vigente há pouco tempo no país. É preciso respeitar a ciência e o meio ambiente. É preciso respeitar a autoridade competente na avaliação técnica de licenciamento ambiental, o Ibama e seus quadros técnicos”, disse ainda a pesquisadora, que considera impossível que a autoridade máxima de licenciamento ambiental do Brasil e a maior empresa brasileira não sejam grandes aliados desse projeto nacional de desenvolvimento.

Da audiência, participaram representantes dos Ministérios do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), de Minas Energia (MME), da Petrobras, do Ibama, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e do Observatório do Clima, entre outros. Requerida pelo deputado Ivan Valente (PSOL/SP), foi presidida pelo deputado José Priante (PMDB/PA).

Durante a palestra na Câmara dos Deputados, Ticiana destacou para o fato de que há uma urgência climática que exige um extenso e intenso processo de descarbonização da matriz energética brasileira e também para o avanço, de forma acelerada, em direção a uma transição energética justa. No entanto, alertou que os combustíveis fósseis continuarão a ocupar posição relevante na demanda energética global ao menos até 2050, segundo estimativas a IEA.

“Esse cenário torna as seguintes questões incontornáveis: qual papel o Brasil quer ocupará nas transições em curso – energética, climática, tecnológica e do trabalho? qual a visão estratégica nacional de longo prazo para o setor energético nacional, em especial, para indústria de óleo e gás? É preciso enfrentar essas questões”, comentou ela.

Na avaliação do Ineep, segundo a pesquisadora, o debate sobre o licenciamento ambiental da exploração de petróleo na Bacia do Foz do Amazonas e, de forma mais geral, na Margem Equatorial é estratégico do ponto de vista geopolítico e para garantia da segurança e soberania energética nacional. Assim sendo, o Instituto considera que qualquer decisão para exploração na área compete à sociedade brasileira.

“Para o INEEP, o debate sobre a Margem Equatorial Brasileira não se resume a uma falsa dicotomia entre meio ambiente e desenvolvimento, tampouco a um conflito de interesses entre Petrobras e Ibama. Para nós, trata-se de uma questão estratégica, que envolve, a um só tempo, as agendas de segurança energética, soberania nacional, segurança climática e transição energética e do trabalho, que são aspectos essenciais para pensar o desenvolvimento nacional”, disse ainda.

Apoie o Cafezinho
Siga-nos no Siga-nos no Google News

Comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário

Escreva seu comentário

EdsonLuíz.

01/06/2023 - 19h21

Não vale a pena mexer com o petróleo ali porque tecnicamente não vale. Só isso!

Não vale porque é muito arriscado um desastre ambiental com poucos precedentss e não vale porque o petróleo é um recurso datado e em pouco tempo, antes dos investimentos serem recuperados, o uso e o preço do petróleo estará tão baixo que não haverá retorno do investimento.

Quanto a entregar para a Chevron, isso não importa e não muda nada porque equivale a entregar para a Petrobrás. Qual a diferença? Para a Chevron pode ser até melhor porque passa a envolver menos politicalha e menos corrupção que com a Petrobrás! A queda de braço toda está em aprovar o projeto para entregar aos senadores David Alcolumbre e Randolf Rodrigues, em atuação casada com a Petrobrás, e para isso estão dispostos a perder o único emblema internacional que restou ao govedno depois dos desastrosos posicionamentos de Lula em apoio a ditaduras e afronta as democracias.

Valdir

01/06/2023 - 17h22

Meu medo é que haja mobilização de recursos e talentos para essa exploração, lá na frente saí o governo progressista, aí entregarão tudo para a Chevron. Talvez o melhor é não mexer com isso.


Leia mais

Recentes

Recentes