Nas últimas horas, ganhou força a possibilidade de uma Reforma Ministerial no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os motivos vão desde a infidelidade de partidos da base até a falta de articulação política.
A princípio, o Governo Federal não tem disponibilidade de romper com alguns partidos como PSD, MDB e o próprio União Brasil. No caso do UB, a queixa maior do Planalto é a infidelidade e hostilidade da bancada de deputados na Câmara.
Por isso, logo após a aprovação do MP dos Ministérios na Casa Baixa, o presidente Lula enviou interlocutores para conversar diretamente com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar (PE).
Vale lembrar que o partido ocupa três ministérios (Comunicações, Turismo e Integração Nacional), sendo que dois desses ministros (Juscelino Filho e Waldez Góes) não foram indicados propriamente pelo partido, mas pelo senador Davi Alcolumbre (AP), que preside a CCJ na Casa Alta.
Interlocutores do Planalto confirmam que a disposição do governo é aceitar um nome que seja indicado diretamente pela cúpula do União Brasil, pois na avaliação desses interlocutores, isso “obrigaria” a bancada do partido na Câmara ser mais fiel nas votações.
Por parte do União Brasil, dois nomes ganharam força, trata-se dos deputados federais Danilo Forte e Moses Rodrigues, ambos do Ceará. Um deles poderá ser indicado já nas próximas horas para ocupar uma das pastas da “cota” do partido. A possibilidade maior é que seja o Ministério das Comunicações.