Após enfrentar um dia de derrotas na Câmara dos Deputados, a cúpula política do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta quarta-feira (31) no Palácio da Alvorada. Na terça-feira (30), o governo sofreu revezes na votação do marco temporal das terras indígenas e com a demora na análise da Medida Provisória que define a organização dos ministérios.
Os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, chegaram pela manhã para a reunião com Lula. As agendas do presidente foram transferidas do Palácio do Planalto para o Alvorada.
Nesta terça-feira (30), o governo enfrentou dificuldades para que a MP, que estrutura os ministérios, fosse votada na Câmara dos Deputados.
A comissão responsável pela análise da MP promoveu alterações que retiraram atribuições do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério dos Povos Indígenas. Inicialmente, diante das críticas das ministras dessas pastas, o governo indicou que tentaria restaurar o desenho original.
Entretanto, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, principal articulador do governo com o Congresso, agora defende a votação do texto conforme está. Isso pois, se a MP não for votada nas duas Casas legislativas até a noite de quinta-feira (1º), perderá sua validade. Nesse caso, a estrutura atual do governo, com 37 ministérios, poderia deixar de existir, retornando à organização de ministérios utilizada na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que contava com 23 pastas.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou oficialmente que a votação não ocorreu na terça-feira devido ao “adiantado da hora”. Porém, a análise política é que a demora na votação tem sido utilizada pela Câmara para expressar insatisfação com o governo.
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