A Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) usou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha e jatos d’água para desmobilizar uma manifestação indígena que ocorreu na manhã desta terça-feira (30), no quilômetro 20 da Rodovia dos Bandeirantes. A via estava interditada desde às 6h.
O protesto era contra o Projeto de Lei do marco temporal e foi organizado por indígenas do Pico do Jaraguá, em São Paulo. Havia presença de crianças, mulheres e idosos. Segundo as lideranças, indígenas da Reserva Gwyra Pepo, de Taperí, SP, e de aldeias do município de Mongaguá, na Baixada Santista, foram de ônibus e vans para o ato.
Na ação, a Tropa de Choque da Polícia Militar utilizou oito viaturas e um caminhão carregado com água.
Nas redes sociais, parlamentares criticaram a ação da PM, comparando com a postura da instituição durante os atos golpistas que ocorreram após o período eleitoral.
Para as lideranças indígenas, o projeto representa uma grande ameaça à vida. Durante a manifestação, em entrevista à Agência Brasil, Thiago Karai Djekupe, uma das lideranças do Jaraguá, afirmou que “Recuar, para nós, não é uma opção”.
Ambientalistas e organizações do setor veem na PL brechas que facilitam a prática de garimpo, abertura de rodovias, linhas de transmissão de energia, além de contratos com a iniciativa privada.
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