Um “jogo” chamado ‘simulador de escravidão” causou revolta nas redes sociais durante a última semana. O aplicativo estava disponível no Google Play, uma das maiores plataformas de downloads do mundo. Ele contava com mais de mil acessos e só foi retirado do ar pelo Google na última quarta-feira (24), com a repercussão nas redes sociais.
No último sábado (27), a Educafro entrou com uma ação judicial por danos morais contra o Google. No processo, a ONG pede uma indenização de 100 milhões de reais. “Nosso compromisso diz respeito à proteção coletiva de toda a sociedade, em especial à população negra que cotidianamente sofre com os abusos, violências e crimes praticados contra a coletividade”, informou a Organização não Governamental.
No aplicativo que estava disponível na big tech, o usuário se passava por um proprietário de escravos que tinha o objetivo de lucrar e impedir rebeliões. Para isso, era possível comprar escravos, controlá-los e contratar guardas. O jogo também tinha opções de tortura e agressão. Nesta segunda-feira (29), o ‘simulador de escravidão’ e o desenvolvedor, MagnusGames, não estavam disponíveis no Google Play.
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) informou que vai investigar os usuários do aplicativo. Antes de ser retirado do ar, o jogo possuía 70 avaliações e, em algumas delas, jogadores elogiaram o simulador e reclamaram da falta de opções de agressão.
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Além dos usuários, o MP-SP também investigará se a empresa desenvolvedora do jogo, que é da Malásia, possui escritório no Brasil. O Google também será investigado.
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