Jefferson Gomes Tenório, de 29 anos, e seu namorado Luís Almeida, de 30 anos, estavam na boate Titanic Sur Mer, acompanhados da prima de Luís. Após um desentendimento, mais de oito seguranças agrediram o casal. O incidente ocorreu na madrugada do dia 22 de maio.
Jefferson relata que eles permaneceram no local até aproximadamente às 3h. Quando decidiram sair, Jefferson voltou ao bar para usar o banheiro. Seu companheiro tentou segui-lo, mas foi impedido. Luís então se envolveu em um confronto com três seguranças, que o empurraram. A motivação para a violência não está clara, se foi devido à orientação sexual deles, à cor do namorado ou à nacionalidade.
“Luís pediu calma e questionou por que estava sendo empurrado. Recebeu um soco no rosto e caiu sem ter feito nada. Ao ouvir isso, fui em sua defesa. Tanto eu quanto a prima também fomos agredidos”, conta Jefferson em seu relato nas redes sociais.
Em seguida, revoltado com a situação, Jefferson jogou uma pedra na entrada do bar e quebrou um vidro, desencadeando uma série de violência ainda mais intensa. Ele relata ter sido espancado, afogado no Rio Tejo e torturado repetidamente.
“Fui torturado e agredido com socos e chutes no rosto e no corpo, enquanto eles gritavam que iam me matar. Acabei completamente ensanguentado, e a agressão só parou quando a polícia chegou”, disse Jefferson.
Segundo o empresário, a polícia portuguesa não agiu e eles foram encaminhados para um hospital. Durante o ataque, objetos de valor, como relógios e anéis, também foram roubados. Jefferson teve o nariz fraturado em três partes e precisou passar por uma cirurgia de três horas.
No domingo, Jefferson fez um vídeo relatando o ocorrido e pedindo que o caso não fique impune. Outros usuários também compartilharam relatos de agressões semelhantes ocorridas no mesmo bar e em outros da região. Alguns afirmam que a polícia não tomou medidas adequadas e que esses incidentes são comuns em estabelecimentos da área.
A denúncia de Jefferson gerou grande repercussão nas redes sociais, com pessoas expressando solidariedade e indignação com a violência sofrida pelo casal.